O mutilador-geral em defesa do estilo e da clareza
| Edição 145, Outubro 2018
CIRO
Ainda que bem completa e rica em histórias, a reportagem de Fabio Victor sobre Ciro Gomes (“O brizolista de cátedra”, piauí_144, setembro) não atrai meu voto no pedetista. Ter pavio curto é traduzido como ser espontâneo em tempos correntes, mas esse é também um dos argumentos do candidato da extrema direita – de quem parece que não se deve dizer o nome. De qualquer forma, as pesquisas eleitorais mostram um embate entre “o coiso” e a esquerda, sendo difícil dizer se será Haddad ou Ciro no segundo turno. Esta carta será publicada – se for publicada e não mutilada, como a anterior – com o primeiro turno das eleições praticamente definido, compondo-se todo o Congresso Nacional e as assembleias legislativas, que é a parte mais importante da coalizão governamental a ser feita. De qualquer forma, vamos ver quais palavras piauí colocará em minha boca, uma vez que a expressão “impeachment de Dilma” (Cartas, piauí_144, setembro) não foi de minha lavra. Em tempo, Bernardo Esteves completou a esquina sobre a Medalha Fields – e seu furto – de forma primorosa (“A Fields de novo”). Nele tenho de basear meus escritos para ver se emplaco uma reportagem aí, nestes tempos de pós-
verdade e fake news.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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