CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2023
O pouso do nômade
Um artista retorna a Paraty com esculturas e bambolês
Tatiane de Assis | Edição 208, Janeiro 2024
Em 24 de novembro, por volta das 9h30, o casal de artistas plásticos Marcos Cardoso e Edmilson Nunes tomava café da manhã em uma pousada perto do centro histórico de Paraty. O dia cinzento, mas com o Sol prestes a sair, parecia combinar com o estado de latência de Cardoso, de 63 anos, que estava na cidade por causa de sua mostra individual Tudo que não cabe em mim, no Sesc Santa Rita.
A exposição permite um passeio pela obra de Cardoso. Há desde uma escultura que ele começou a construir com bitucas de cigarro nos anos 1990, Vestido, até outra formada por milhares de palitos de fósforo, Maquete visual, de 2021. “No começo, eu queria fazer uma coisa para impactar, trazer muitas obras minhas que estão em coleções públicas e privadas importantes. Mas depois, caí na real”, diz o artista. “Não queria que a mostra servisse a isso.” Trabalhos de Cardoso fazem parte do acervo do Museu Afro Brasil Emanoel Araújo, em São Paulo, e da Fundação Cartier, em Paris, entre outras instituições no Brasil e no exterior.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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