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O primeiro brasileiro

Na abertura dos Jogos de Pequim, pensem em Francis Leroy Holmes

Tiago Petrik | Edição 22, Julho 2008

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Em 1920, a equipe de tiro comandada por Afrânio Costa e Guilherme Paraense ganhou as primeiras medalhas olímpicas brasileiras. Uma de ouro (com Guilherme), outra de prata (com Afrânio) e uma de bronze (para a turma toda). A fim de conseguir a façanha, tiveram que usar armas emprestadas pelos competidores americanos, já que as brasileiras não valiam nem a pólvora que gastavam. Foi uma conquista heróica, a começar pela viagem até Antuérpia, na Bélgica. Pegaram navio e trem, num vagão descoberto e sob chuva, cruzando uma Europa ainda arrasada pela I Guerra Mundial. Junto com remadores, nadadores, atletas de salto ornamental e jogadores de pólo aquático que tomaram parte naquela disputa, os atiradores do Brasil eram conhecidos, até hoje, por outra glória em suas biografias: teriam sido os primeiros a representar o país numa competição olímpica.

Essa primazia acaba de ser cassada, com a descoberta de um elo perdido da história esportiva nacional. Francis Leroy Holmes, um brasileiro, disputou os Jogos Olímpicos de Londres, em 1908 — ainda que defendendo as cores americanas. Trocando em miúdos: dentro de um mês, em Pequim, comemora-se o centenário olímpico brasileiro.

A ficha de Francis Holmes disponível no Comitê Olímpico dos Estados Unidos confirma que ele nasceu no Brasil, mas não dá dicas de como foi parar na América. Segundo o único registro fotográfico disponível, era um mulato claro, alto e esguio. Nasceu no Rio de Janeiro, em 23 de janeiro de 1885, três anos antes da assinatura da Lei Áurea. A julgar por seu nome, tinha ascendência anglo-saxônica direta. Em 1908, vivia em Chicago, no Meio-Oeste americano, e foi convocado a representar os Estados Unidos em Londres. Mesmo que quisesse, Holmes não poderia ter defendido as cores de seu país natal: não havia um comitê nacional ou qualquer entidade de governo que se responsabilizasse pelo esporte no Brasil, como exigia a regra.

 

Nos Estados Unidos, Holmes era funcionário de uma gráfica e treinava nas horas vagas. Entrou para a equipe olímpica americana como atleta de saltos em altura e em distância, na modalidade “parado”, na qual o atleta não toma impulso antes de saltar (em 1908, havia duas categorias de saltos, com e sem impulso). Seu principal adversário era outro integrante da equipe americana, Raymond Ewry, o maior vencedor da história olímpica, com dez medalhas de ouro.

Na sua estréia, dia 20 de julho, diante do rei Eduardo VII e da rainha Alexandra, Holmes não fez bonito no salto em distância. Deixou de se classificar entre os cinco melhores da prova, vencida por Ewry.

A prova de salto em altura, porém, realizada três dias depois, deixou Holmes a 2 polegadas da glória. Saltou 1,52 metro. Ewry, medalha de ouro, chegou a 1,57 metro. Um empate duplo em segundo lugar, entre um americano e um grego, tirou Francis Leroy Holmes do pódio londrino. Foi o quarto melhor na prova, e teve sua competência premiada com um diploma de mérito olímpico oferecido pelo COI.

 

Não foi o suficiente para lhe valer o respeito de seus colegas de delegação. Segundo uma testemunha de sua vida pós-olímpica — a corredora Evelyne Hall Adams, que disputou os Jogos de 1932, em Los Angeles —, Holmes queixava-se de jamais ter sido aceito pelos demais atletas dos Estados Unidos. Como havia outros negros representando o país naqueles Jogos, é mais do que provável que a origem carioca tenha alguma culpa nesse cartório.

Como a confirmar seu DNA brasileiro, Holmes também competia na prova de salto triplo parado (Adhemar Ferreira da Silva, Nelson Prudêncio, João do Pulo e Jadel Gregório seriam seus sucessores na modalidade, ainda que tomando impulso.) Segundo jornais da época, Holmes era o recordista da região central americana. Para seu infortúnio, a prova saiu do programa olímpico depois de 1904.

 

Em 1920, quando Guilherme Paraense e Afrânio Costa foram a Antuérpia ganhar suas medalhas, Francis Leroy Holmes já era um homem de 35 anos e um atleta aposentado. É possível que Holmes tenha vivido em Chicago pelo menos nas três décadas seguintes à sua aparição em Londres (a única pista é a emissão de seu seguro social, criado por Roosevelt em 1935). Ao encerrar as atividades como atleta, dedicou-se à militância negra, fundando o Shadows Art Theatre. O grupo, criado em 1925, tinha a intenção de promover artistas negros e produzir peças com elencos inteiramente negros. A companhia teve vida efêmera, mas chegou a montar duas peças, The No’Court Boy e The Cabaret Girl, e é citada em livros sobre o teatro americano do início do século XX.

 

No Brasil, a história de Francis Leroy Holmes está contada no livro 1932: uma Aventura Olímpica na Terra do Cinema, de Tiago Petrik, que chega às livrarias este mês. O atleta morreu em 14 de fevereiro de 1980, na cidade de Los Angeles, três semanas após completar 95 anos. Seu último suspiro não foi registrado pelos principais jornais americanos, mas foi citado pela Olympic Review.

Holmes ocupa uma sepultura no Forest Lawn Memorial Park, em Hollywood Hills, ao lado de sua mulher Adele. A filha Virginia Holmes morreu em 1997, aos 83 anos, sem deixar descendentes, e teve seu corpo cremado. Sobrou muito pouco do primeiro astro olímpico nascido no Brasil.

Tiago Petrik

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