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    La partie de cartes, de 1917, por Fernando Léger: há 73 anos, Alan Turing propôs um desafio sobre inteligência artificial que começou a embaralhar a distinção entre homens e máquinas CRÉDITO: LA PARTIE DE CARTES, 1917_FERNAND LÉGER (1881-1955)© 2022 COLEÇÃO DO MUSEU KRÖLLER-MÜLLER _PICTORIGHT AMSTERDAM

questões filosóficas

“Uma máquina pode pensar?”

O que Wittgenstein tem a dizer sobre a capacidade de pensar da inteligência artificial

Giovane Rodrigues e Tiago Tranjan | Edição 207, Dezembro 2023

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“Uma máquina pode pensar?”, perguntou Ludwig Wittgenstein a seus alunos da Universidade de Cambridge em 1933. Na verdade, o grande filósofo vienense, naturalizado inglês, ditou aos estudantes essa pergunta, mais tarde inserida numa sequência de reflexões que revolucionaram a filosofia. O conjunto de reflexões foi datilografado, revisado pelo próprio filósofo, mimeografado e teve três cópias encadernadas com capas azuis. Por esse motivo, tornou-se conhecido como O livro azul. E sua fama, aliás, extravasou as fronteiras da filosofia, chegando até a cultura pop: Blue book é o nome da corporação que cria a inteligência artificial que protagoniza o filme de ficção científica Ex machina, de 2014.

No momento em que foi formulada, a pergunta proposta por Wittgenstein (1889-1951) era meramente teórica. Até então, quando os seres humanos se assombravam com o poder e as ameaças da ciência moderna, eles pensavam principalmente no monstro criado a partir de restos humanos pelo barão Victor Frankenstein, na obra célebre de Mary Shelley, publicada em 1818. Foi sobretudo depois da Segunda Guerra Mundial que começaram a ser criados diferentes tipos de “máquinas computadoras”.

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