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    CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2024

esquina

O réptil tecnobrega

Uma mistura musical paraense embala o Brasil

Leandra Souza | Edição 212, Maio 2024

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Nascido nas periferias de Belém no início dos anos 2000, o tecnobrega está em alta. Também conhecido como tecnomelody, o gênero é um cozido eclético de estilos brasileiros e caribenhos – carimbó e forró, calipso e merengue, entre outros –, temperado pela música eletrônica e regado pelo derramamento emocional do brega. A mistura não diluiu a identidade: essa é uma música afro-amazônida.

No Carnaval deste ano, as cantoras Manu Bahtidão e Simone Mendes emplacaram o sucesso Daqui pra sempre, no melhor estilo paraense. Em abril, Pabllo Vittar lançou o álbum Batidão tropical vol. II, com regravações do gênero e a participação de músicos do Pará.

Foram os paraenses Gaby Amarantos, Viviane Batidão, Rebeca Lindsay e Bruno e Trio que ajudaram a popularizar o tecnobrega, agora encampado por grupos como Gang do Eletro, Quero Mais, Eletro Batidão, Xeiro Verde e Banda Ravelly.

 

A criatividade de músicos, DJs e empresários de Belém criou a estrutura e o mercado que impulsionaram a expansão nacional dessa música das periferias. No centro da história, estão as festas de aparelhagem, em que DJs ocupam palcos imensos, com som potente e iluminação exuberante de placas de LED.

 

As festas de aparelhagem têm dimensão amazônica, como nas apresentações do Crocodilo, um dos grupos mais famosos do tecnobrega, mas que já foi um réptil mais modesto. Era chamado de Lagartixa quando foi criado pelos DJs Patrese e Bidu, em 2013. O diretor de marketing do grupo, Felipe Bonanza, de 26 anos, lembra que esse apelido surgiu por causa de um item cênico mal definido: “Era só uma estrutura com um olho vermelho, que o povo chamava de Lagartixa, porque esteticamente não parecia um crocodilo de fato.” Quando o grupo começou a virar sensação, os produtores insistiram no nome Crocodilo, e o velho apelido foi logo esquecido.

O público numeroso que frequenta as festas de Belém espera uma experiência imersiva de som e luz. Por isso, as aparelhagens mantêm-se atualizadas, sobretudo na iluminação com LED. “Se hoje, em São Paulo, há uma placa de alta definição melhor do que a que nós usamos, a gente vai ter que ir de acordo com o que o mercado manda”, diz Bonanza.

 

Não sai barato. “Uma placa custa em média de 5 a 7 mil reais. Só que uma aparelhagem precisa de no mínimo cem placas”, ele explica. Ou seja, só com iluminação, os donos de uma aparelhagem desembolsam, por baixo, meio milhão de reais. O investimento compensa: entre patrocínio, ingressos e venda de bebidas, uma noite de festa do Crocodilo, por exemplo, pode render até 70 mil reais.

Além do Crocodilo, outros grupos de aparelhagem promovem em Belém esses superespectáculos tecnológicos e afrofuturistas: Tupinambá, Rubi, Super Pop, Badalasom, Mega Príncipe Negro e Carabao. No comando, estão sempre os DJs, que atuam sobretudo em duplas e recorrem a uma comunicação direta com o público, parecida com a dos locutores de festas populares. “Tenho um amigo empresário que adora a aparelhagem”, conta Bonanza. “Sabe por que ele gosta? Porque o DJ manda um abraço, um alô, tudo no meio da festa. Coisa que em outros shows tu não ganha.”

Apesar do sucesso, as aparelhagens ainda estão cercadas de estigmas e preconceitos, por causa de sua origem periférica. “Muita gente fala que as aparelhagens só dão ladrão, mas não é verdade”, diz Bonanza. “A festa de aparelhagem é algo muito importante.”

 

Os DJs também são os responsáveis pelos bordões que, gritados nas festas, ganham as ruas e rompem as barreiras territoriais. Nasceu em Belém o famigerado “Endoida Caralho”, hoje ouvido em eventos de outros gêneros musicais fora do Pará. Os paraenses, orgulhosos, dizem que o bordão não tem o mesmo “brilho” em baladas realizadas em outros estados. Nas aparelhagens do Tupinambá, o bordão é “Faz o T”. Nas do Super Pop, “Faz o S”. Nas do Badalasom, o Búfalo do Marajó, “Faz o chifrinho”.

 

O Crocodilo encontrou seu bordão no sucesso Faz a boquinha do animal, de 2016. A letra faz referência à aparelhagem, e é claro que o grupo aproveitou isso, introduzindo frases da canção nas suas festas. O público acabou criando uma coreografia para a música, que virou febre em Belém.

Composta por MC Dourado com a participação de DJ Méury, Faz a boquinha do animal conquistou o país. A dupla depois lançou um videoclipe no canal de YouTube do empresário KondZilla, um dos mais influentes produtores do funk e de outros gêneros da periferia brasileira. A coreografia que surgiu nas festas de Belém aparece no vídeo.

Os principais passos seguem os comandos da letra do refrão. Quando diz “Faz a boquinha do animal”, é preciso abrir e fechar primeiro a mão direita, depois a esquerda e por fim as duas juntas, como se formassem uma boca. Com “Dá-lhe a dentada”, tem de simular uma mordida, com os braços unidos na frente. No último verso – “E a novinha passa mal” –, os braços são jogados para frente e para trás, enquanto a cabeça por sua vez dá uma volta de 180 graus.

A partir daí, a aparelhagem do Crocodilo só decolou, e foi acrescentando modificações expressivas ao próprio nome, divididas em “eras”. Depois da era Crocodilo, vieram as eras Incrível Crocodilo, Gigante Crocodilo e Surreal Crocodilo. Desde 2023, a aparelhagem vive na era Tudão Crocodilo.

Em 2021, o Crocodilo apareceu no vídeo de No chão novinha, com Anitta e Pedro Sampaio. No ano seguinte, dois de seus DJs, Gordo e Dinho Pressão, apresentaram suas remixagens no Rock in Rio. O sucesso é nacional, mas a base da aparelhagem será sempre as casas noturnas de Belém e do interior do Pará. Foi, aliás, no Point Show, balada no bairro do Curió-Utinga, que Bonanza conversou com a piauí. E é claro que rolou Faz a boquinha do animal naquela noite.

Leandra Souza
Leandra Souza

É estagiária de jornalismo na piauí

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