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    CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2023

esquina

O sumiço de Teresa

Depois de encalhar em Angra, ela não manda mais notícias

Armando Antenore | Edição 202, Julho 2023

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Cadê Teresa? Ela nunca dava as caras. Numa tarde de março, chegou sem avisar. Estava bem desorientada. Precisava de ajuda. Muita gente se comoveu e fez de tudo para animá-la. Funcionou. Teresa se recuperou, ainda que lentamente. Ficou tão aprumada que, certa manhã, pegou carona num barco e caiu fora, mas jurou que mandaria notícias. Por um tempo, cumpriu a promessa. Enviou mensagens bastante alentadoras, em que demonstrava se sentir cada vez melhor. De uma hora para outra, porém, meteu um ghosthing e sumiu sem dizer tchau. Será que, um dia, vai aparecer novamente?

Não, a Teresa daqui não tem nenhum parentesco com aquela do Jorge Ben Jor, que resolveu sambar no morro e jamais voltou. A protagonista desta história é uma orca-pigmeia. Como pertence à família dos delfinídeos, os cientistas a consideram um tipo de golfinho. Ela, de fato, lembra os cetáceos que equilibram bolas ou cruzam arcos em parques aquáticos. Não dispõe, no entanto, do “bico” característico de seus parentes mais conhecidos. Em vez de pontiaguda, a boca de Teresa é arredondada. Daí a associação com a orca, também um golfinho sem “bico”, apesar de o senso comum defini-la como uma baleia.

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