Por causa de Getúlio, Sereno Chaise entrou para o PTB. Em 61, lutou pela posse de Jango. Leal à presidente, diz que Dilma deve resistir ARQUIVO PESSOAL DE SERENO CHAISE
O último amigo
O mais antigo aliado de Dilma se aposenta da Eletrobras e critica a gestão do setor elétrico
Tiago Coelho | Edição 111, Dezembro 2015
A equipe de trabalho estava reunida para o almoço. Sereno Chaise, um homem alto e de porte ereto, se levantou. Com voz grave e pausada, discursou para os presentes. “A vida é feita de gomos”, disse. “Eu encerro este para começar um novo. Só espero que este último gomo não seja curto. Quero ter tempo para ler.” Aos 87 anos, Chaise se despedia da presidência da Eletrobras CGTEE, geradora de energia ligada à Eletrobras que atende o Rio Grande do Sul.
Havia sido colocado ali pelas mãos de Dilma Rousseff, mal ela fora nomeada ministra das Minas e Energia, em 2003. Já contava 75 anos quando assumiu a diretoria financeira da empresa. Chaise e a atual presidente são aliados políticos desde os anos 80, quando ambos militavam no PDT de Leonel Brizola – e juntos se transferiram para o PT, de mala e cuia de chimarrão, quase duas décadas mais tarde.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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