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    CRÉDITOS: EDSON IKÊ_2025

poesia

Oito poetas da África

Uma usina criativa que segue a todo vapor

Salgado Maranhão | Edição 223, Abril 2025

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É cada vez maior o interesse pela literatura da África lusófona. Já faz algumas décadas que países como Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e, mais recentemente, São Tomé e Príncipe, ocupam lugar de destaque nas feiras literárias internacionais e nos estudos acadêmicos mundo afora. Nos autores desses países, observa-se a afirmação de poéticas de alta elaboração formal, que preservam o sabor nativo no ritmo e nas referências moderadas aos idiomas originários. A isso, acresce-se o tempero musical da língua trazida pelo colonizador, que por sua vez aprende e se renova com a verve milenar da África e suas culturas.

O valioso espólio que a poesia africana de língua portuguesa levará para o futuro ainda não é completamente aferível, já que a usina criativa dos autores segue a todo vapor em sua colheita virtuosa, em vários quadrantes, com diferentes tradições. Tradições míticas que dialogam com estéticas mais recentes, como é o caso do poeta angolano Lopito Feijóo, de 61 anos, cuja poesia busca aquelas tensões verbais. Sem abandonar o rico painel das tradições míticas africanas, Feijóo – autor de Doutrina dos pitós (2022), entre outros – alarga o discurso poético a partir de um mergulho experimental na própria essência do vocábulo.

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