Assunto de polícia: sumiço e furto de peças do Museu Britânico não são novidade. Em 1993, ladrões levaram moedas e joias romanas. Em 2002, afanaram uma cabeça grega de 2 500 anos. Em 2004, sumiram quinze joias chinesas do período medieval CRÉDITO: ÁLVARO BERNIS_2024
Os escândalos do museu
O Museu Britânico enfrenta acusações de roubar o patrimônio cultural de outros países – enquanto lida com um rombo material dentro de casa
Rebecca Mead | Edição 222, Março 2025
Tradução de Isa Mara Lando
Charles Townley, um dos primeiros ingleses a reunir uma grande coleção de antiguidades, nasceu em Lancashire, em 1737. Descendente pela linha materna da aristocrática família Howard, foi educado sobretudo na França – caminho trilhado por muitos ingleses católicos bem-nascidos. Elegante e inteligente, Townley, segundo um precoce esboço de biografia, foi muito bem recebido na alta sociedade do continente europeu, “de cujas dissipações seria incorreto dizer que escapou por completo”. Já adulto, voltou à Inglaterra e, tendo recebido uma grande herança, instalou-se na propriedade da família. Mas não demorou a partir para a Itália, a primeira de suas três visitas ao país. Ao longo de doze anos, acumulou mais de duzentas esculturas da Antiguidade, além de outros objetos.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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