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Como nasce um pitbull

    Walfrido Warde: para entrevistar estrelas do poder, conduzir eventos com estrelas do poder e advogar em causas pesadíssimas para estrelas do poder, o advogado “trabalha muito” Crédito: KLEBER SALES_2024

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Os métodos do advogado Walfrido Warde nos maiores litígios do país

Ana Clara Costa | Edição 216, Setembro 2024

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Quem chega à Ranieri Tabacaria, na Alameda Lorena, por volta das 19 horas das terças-feiras, invariavelmente encontrará um grupo de renomados advogados fumando charuto. Nem todos apreciam as baforadas, mas a presença na roda dá acesso às últimas fofocas jurídicas. Entre um cubano puro, goles de negroni, vinho ou uísque escocês, e fatias de pastrami, o falatório logo começa a correr solto. Num meio acostumado a litígios de cifras bilionárias, os bastidores mais picantes envolvendo as grandes bancas de advocacia costumam vir acompanhados de um nome: Walfrido Warde (o W é pronunciado como V).

Warde não frequenta a roda, mas é o sujeito das melhores histórias, segundo as quais suas estratégias jurídicas triscam os limites do direito e seus clientes são sempre os mais encrencados. Parte das críticas advém de uma rivalidade elementar: Warde está envolvido nos principais contenciosos do país, o que o torna um concorrente de peso. Outra parte tem fundo tático: na ascensão fulminante de sua carreira, Warde levou para a advocacia de São Paulo a prática brasiliense de povoar seu escritório com sócios egressos de tribunais, de autarquias e do governo federal, ou donos de alto pedigree, como a mulher de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Nada disso é ilegal. Mas, tal como ocorre na capital federal, sugere que os sócios abram mais portas do que as teses jurídicas.

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