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Ouvindo os povos do Javari

    Manuel Sebastião Kanãpa, Robson e Mesenpapa Marubo, no Javari: os marubos cobriram o corpo com tintura de jenipapo em protesto contra o assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips CRÉDITO: JOSÉ SEBASTIÃO NASCIMENTO MARUBO_2022

anais da floresta

Ouvindo os povos do Javari

A Amazônia não é a periferia do Brasil, mas o centro de qualquer possibilidade de mundo

Pedro Cesarino | Edição 191, Agosto 2022

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Depois do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, em 5 de junho passado, no Vale do Javari, uma série de notícias sobre a região espocou na imprensa. Elas contaram sobre o avanço do narcotráfico na área, a beligerância dos garimpeiros, madeireiros e pescadores predatórios, a constante ameaça que paira sobre os indígenas e o ganancioso avanço dos que querem destruir a floresta.

Foram relatos que ajudaram a aclarar às pessoas de todo o país como o atual governo se empenha em transformar o Vale do Javari em um inferno. E não apenas essa região, mas várias outras da Amazônia, levando ao ápice a negligência dos governos e a antiga indiferença da sociedade brasileira em relação à floresta e seus povos. Considerada uma periferia do país, a Amazônia sempre foi tratada como uma fronteira de mato e de terras indígenas onde se vive ainda como no período Paleolítico, sendo um verdadeiro entrave ao progresso da “civilização brasileira”. Pouco se sabe, entretanto, sobre a complexidade das culturas da floresta e suas formas de conhecimento. Menos ainda sobre a maneira como pessoas indígenas compreendem a crise atual.

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