poesia

Quatro pitangas

Faço sacrifícios pra que a vida continue azeda, picante e vermelha

Alberto Martins | Edição 196, Janeiro 2023

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DANÇAR AS PITANGAS

Na rua de casa, uma roda de pitangas.
O chão de pedra manchado
por um sangue leve, divertido.

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Alberto Martins

Escritor e artista plástico, é autor do livro de poemas Em Trânsito (Companhia das Letras) e da novela Lívia e o Cemitério Africano (Editora 34), entre outros

Quatro pitangas

Faço sacrifícios pra que a vida continue azeda, picante e vermelha

Lesmas que rompem em brasas e desafiam os dedos a cutucá-las

Trama e Necrose

Eu queria poder ficar na janela observando o vai e vem dos outros