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    CRÉDITO: ALLAN SIEBER_2023

questões vultosas

A questão militar e a democracia no Brasil

A condenação célere dos primeiros réus do 8 de janeiro é exemplar, mas o que fará diferença é o destino dos golpistas do andar de cima

Fernando de Barros e Silva | Edição 205, Outubro 2023

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Em abril de 2011, lá se vão mais de doze anos, Persio Arida publicou um longo ensaio autobiográfico na piauí. Intitulado Rakudianai – expressão enigmática que a leitura trata de decifrar –, o texto se debruçava sobre o envolvimento do autor, então muito jovem, com a Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares, a VAR-Palmares de Carlos Lamarca. Estávamos no início dos anos 1970, período mais sinistro da ditadura. Embora nunca tenha participado diretamente da luta armada, Arida viveu na clandestinidade, foi capturado pelos agentes da repressão, sofreu longas sessões de tortura e ficou preso por vários meses, em condições terríveis. Alguns anos depois, já fora da prisão, ele seria julgado por crimes contra a segurança nacional e absolvido pela Justiça Militar.

Para além das revelações surpreendentes e da brutalidade dos fatos narrados, a força do relato deriva também da capacidade reflexiva do autor, bem como de sua disposição por assim dizer anti-heroica.

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