Filipe Toledo na Indonésia, em 2019: em ondas gigantes, o mais perigoso não é se chocar com o fundo; a maior ameaça é o caldo, que impede o surfista de voltar à tona para respirar CRÉDITO: FILIPE TOLEDO_2019
Sem medo, Toledo
Às portas da Olimpíada de Paris, a saga dos brasileiros para enfrentar ondas que matam
Adrian Kojin | Edição 213, Junho 2024
Em 31 de janeiro passado, o paulista Filipe Toledo surpreendeu o público da primeira etapa do Circuito Mundial de Surfe ao abandonar a competição em Pipeline, no Havaí. Cancelar a própria participação em um campeonato internacional de surfe requer uma justificativa convincente. Poucos atletas tiveram a ousadia de tomá-la durante uma prova, ainda mais se estão entre os melhores do mundo, como Toledo. Quatro meses antes, ele havia se consagrado na praia de Lower Trestles, em San Clemente, na Califórnia, como bicampeão mundial.
A desistência do surfista brasileiro de participar da repescagem do Lexus Pipe Pro, primeira etapa do ano da divisão da elite da Liga Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês), foi por um motivo prosaico. Toledo disse que teve uma intoxicação alimentar. O brasileiro chegou a surfar sua bateria de estreia contra o compatriota Samuel Pupo e o havaiano Shion Crawford, mas terminou em último lugar, marcando apenas 1,77 ponto na somatória de suas únicas duas ondas.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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