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    CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2023

esquina

Sertões da emoção

Em Pernambuco, um museu dedicado a Roberto Carlos

Adriano Alves | Edição 199, Abril 2023

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Na cidade de Petrolina, no sertão pernambucano, o visitante que entra no prédio azul e branco do Centro Cultural Emoções, um museu dedicado a Roberto Carlos, se depara com o cantor logo na primeira sala – lá está um totem do “rei”, em tamanho natural. A canção Além do Horizonte ecoa pelos corredores, entremeada pelo som de depoimentos gravados. Nas paredes, vitrines organizadas em ordem cronológica guardam mais de quinhentas peças, entre discos, objetos raros, suvenires, documentos e revistas. “Tudo aqui é original”, diz Adriano Thales, de 51 anos, o colecionador que criou o museu. “Acho que, sendo original, traz mais verdade.”

Thales tinha 6 anos quando ouviu a voz que marcaria sua vida. Seu pai precisou fazer um tratamento médico em Fortaleza, no Ceará, e o menino foi enviado para uma temporada na casa da mãe, que vivia no Recife. Lá, encontrou nas estantes da casa o disco Roberto Carlos, de 1979. A canção Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo, parceria de Roberto com Erasmo Carlos que rende homenagem à sabedoria de um homem mais vivido, tocou o garoto saudoso. “Essa canção passou a trazer a presença de meu pai de uma forma muito forte”, diz. Thales tocou o disco tantas vezes que a agulha começou a pular e ele precisou colocar um pequeno peso sobre o cabeçote.

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