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    As montanhas nevadas, em fotografia feita pela autora durante voo entre Vancouver e Portland: no último Carnaval no Rio, um passeio – de biquíni e purpurina – no Aeroporto Santos Dumont CRÉDITO: DÉBORA THOMÉ_2023

história pessoal

Sobre as nuvens, o medo e a paixão

De como mantive meu amor pelos voos, mesmo depois de um acidente

Débora Thomé | Edição 216, Setembro 2024

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Quando a foto da aeronave com detalhes em amarelo piscou em um de meus grupos de WhatsApp, eu entrava no Uber que me levaria do Aeroporto de Congonhas até minha casa. Em um segundo, revisitei mentalmente onde estava minha família, especialmente minha mãe e minha irmã, passageiras contumazes dos modelos ATR 72. Imediatamente, minhas mãos tremeram, meus olhos se encheram d’água. Do trânsito, liguei para o meu marido, para ter certeza de que estavam bem, e ele me acalmou. Nos dias que se seguiram, evitei ler qualquer postagem em redes sociais ou abrir sites e jornais. E assim foi até começar a escrever estas linhas: o modelo da aeronave eu identifiquei na foto, mas não tinha buscado informações mais detalhadas sobre a queda do avião da Voepass, que, no dia 9 de agosto, vitimou 62 pessoas na rota entre Cascavel e Guarulhos.

Muitos anos antes, no dia 29 de setembro de 2006, foi também ao telefone que recorri. Eram 18 horas quando a notícia chegou ao jornal em que eu trabalhava. Liguei imediatamente para minha mãe:

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Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz

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