CRÉDITOS: ANDRÉS SANDOVAL_2024
Voto originário
TRE do Pará produz um guia para eleitores indígenas
Leandra Souza | Edição 215, Agosto 2024
As campanhas informativas que a Justiça Eleitoral faz nas redes sociais e nos meios de comunicação em anos de pleito são todas em português. Parece razoável: trata-se do idioma oficial do país. Mas não é a língua de muitos eleitores dos povos originários. No Pará, falam-se pelo menos 34 idiomas indígenas, quase todos derivados de um dos três grandes troncos linguísticos amazônicos: tupi, karib e macro-jê. Por causa da barreira linguística, muitos eleitores indígenas não têm acesso a informações básicas sobre o processo eleitoral: como se tira o título de eleitor, qual a data das votações, como funciona a urna eletrônica.
Para as eleições municipais deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) produziu uma cartilha especial para os indígenas, com versões em cinco línguas nativas do estado: mebêngôkre, munduruku, nheengatu, wai-wai e tenetehara. Dez tradutores de diferentes etnias trabalharam nesse projeto.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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