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Míriam Leitão, crítica de cinema

Leitor diário, há anos, da coluna “Panorama econômico”, publicada no “Globo”, sou admirador incondicional da jornalista Míriam Leitão, cujo programa na “Globo News”, com frequência, também assisto com prazer.

| 23 ago 2010_06h59
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Leitor diário, há anos, da coluna “Panorama econômico”, publicada no “Globo”, sou admirador incondicional da jornalista Míriam Leitão, cujo programa na “Globo News”, com frequência, também assisto com prazer.

Apesar do título, a coluna não se atém a assuntos econômicos, enveredando pela política e por questões sociais –  sempre com interesse para mim. Ontem, porém, fui surpreendido por uma incursão pelo cinema que, sendo inusitada, chega a parecer ação entre amigos.

Os elogios feitos por Míriam Leitão a “Programa Casé” são encomiásticos. “Maravilhoso”, “ágil”, “denso” e “leve” é como define o documentário dirigido por Estevão Ciavatta, além de informar que pretende revê-lo quando estrear.

Não vou entrar agora no mérito desses louvores, deixando para comentar “Programa Casé” mais perto da estréia. O que chamou minha atenção na coluna de ontem, além da fileira de adjetivos, é a facilidade com que especialista de outra área emite juízo sobre um filme.

Ora, dirá leitora ou leitor eventual, por que a Míriam Leitão não pode dar a opinião dela sobre o que quiser? Longe de mim pretender cercear a livre manifestação de quem quer que seja, ainda mais de quem me ensina tanto diariamente. O que lamento, ao descobrir a faceta de crítica de cinema da jornalista, é ela não conseguir manter o padrão habitual da coluna,  recorrendo a tantos adjetivos e, na verdade, tratando menos do documentário em si e mais do personagem.

O fato de Ademar Casé ter sido, nas palavras de Míriam Leitão, “genial produtor, radialista, jornalista e empresário”,  tendo biografia pessoal e profissional que é “uma história de mobilidade social, com tudo o que há de emocionante em vidas assim” não implica, necessariamente, que “Programa Casé” tenha as qualidades que Míriam Leitão lhe atribui. Não há relação de causalidade entre uma coisa e outra. E sobre o documentário, de substantivo, ela pouco tem a dizer.

A bem da verdade, porém, é preciso dizer que na coluna de ontem Míriam Leitão toma “Programa Casé” como pretexto para tratar dos “atrasos brasileiros” e da falta de ousadia das nossas metas na educação. Aí, à vontade no seu terreno, como de costume o texto é bem escrito, as ideias são claras e a crítica certeira.

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