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Na pandemia, lojas e mercados demitiram o dobro que a indústria

Luigi Mazza, Marcos Amorozo e Renata Buono | 12 nov 2020_10h20
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No Brasil, nenhuma profissão foi tão impactada pela pandemia quanto a de vendedores de lojas e mercados. De março a setembro deste ano, 181 mil vagas desse tipo foram fechadas em todo o país. Esse dado leva em conta o saldo de demissões e contratações feitas no período. É um quadro duas vezes pior que o da indústria como um todo – que, durante esses meses de isolamento, extinguiu 99 mil postos de trabalho formal.

Hoje o Brasil tem um número recorde de desempregados: são 13,5 milhões de pessoas que não têm onde trabalhar, segundo os dados de setembro do IBGE. É mais gente do que cabe na cidade de São Paulo, a mais populosa do Hemisfério Sul, onde vivem 12,3 milhões de brasileiros. Embora o desemprego já tivesse índices alarmantes da pandemia, é fato que ele foi agravado por ela. Desde março, foram extintos 897 mil emprego formais no Brasil.

O Sudeste foi a região mais afetada: respondeu por 64 de cada 100 vagas fechadas. Em seguida vem o Sul, com 22 a cada 100. A região Norte foi a única que registrou, até setembro, mais contratações do que demissões. Os estados da região criaram 17 mil novas vagas de emprego formal durante os meses da pandemia.

Fontes: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged); Pnad Contínua (IBGE).

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