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O testamento prematuro de Richard Burton

O documento cuja primeira e última página estão aqui reproduzidas é o original do testamento que Richard Burton assinou em agosto de 1964, no auge de sua fama.

| 16 nov 2015_14h06
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Poucos casais foram tão famosos mundialmente na segunda metade dos anos 1960 como Elizabeth Taylor e Richard Burton. Com a morte de Marilyn Monroe em 1962, Taylor perdera a única grande rival. Agora indiscutivelmente a maior estrela de Hollywood, recebera um salário recorde por sua participação na superprodução Cleópatra, em 1963, quando contracenou pela primeira vez com seu futuro marido. Burton era um grande ator shakespeariano inglês e juntos fizeram filmes de sucesso dirigidos por Zefirelli e Vicente Minelli, ou ainda o mais cerebral Quem tem medo de Virginia Woolf, baseado numa peça do jovem dramaturgo americano Edward Albee.

Mais que o inegável talento dos dois atores, foi seu estilo de vida extravagante e as brigas diárias do casal que os mantiveram na mira constante da imprensa. Burton deu joias extraordinárias e diamantes do tamanho de ovos de codorna a Liz (diminutivo pelo qual todos se sentiam no direito de chamar Taylor). As bebedeiras do inglês eram famosas assim como as brigas, que deixaram destruídos vários quartos de hotel. Mas poucos duvidam que Burton tenha sido o grande amor da vida de Liz Taylor e que ela tenha sido a mulher da vida de Burton.

O documento cuja primeira e última página estão aqui reproduzidas é o original do testamento que Richard Burton assinou em agosto de 1964, no auge de sua fama. Era ainda jovem, tinha 38 anos e estava casado com Liz havia apenas cinco meses. Burton só morreu vinte anos mais tarde, em 1984, e é provável que tenha alterado seu testamento nas décadas seguintes. Ainda assim, este documento, assinado e rubricado em todas as dez páginas, é muito interessante, pois data de um momento de grande prosperidade e do auge da carreira do ator. Burton está preocupado em atender a primeira mulher, Sybil, e os dois filhos, mas deixa a maior parte dos seus bens para Elizabeth Taylor e seus filhos – incluindo Maria Burton, uma menina que acabara de adotar com Liz.

O documento é assinado em Nova Iorque e deve ter permanecido entre os papéis de Burton, dispersados após a sua morte. Foi adquirido em leilão nos Estados Unidos na década passada por seu atual detentor.

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