A Revista
Podcasts
  • Todos os podcasts
  • Foro de Teresina
  • Sequestro da Amarelinha
  • A Terra é redonda
  • Maria vai com as outras
  • Luz no fim da quarentena
  • Praia dos Ossos
  • Praia dos Ossos (bônus)
  • Retrato narrado
  • TOQVNQENPSSC
Igualdades
Dossiê piauí
  • Má Alimentação à Brasileira
  • Pandora Papers
  • Arrabalde
  • Perfil
  • Cartas de Glasgow
  • Open Lux
  • Luanda Leaks
  • Debate piauí
  • Retrato Narrado
  • Implant Files
  • Eleições 2018
  • Anais das redes
  • Minhas casas, minha vida
  • Diz aí, mestre
  • Aqui mando eu
Herald Vídeos Lupa
Faça seu login
Assine
  • A Revista
  • Podcasts
    • Todos os podcasts
    • Foro de Teresina
    • Sequestro da Amarelinha
    • A Terra é redonda
    • Maria vai com as outras
    • Luz no fim da quarentena
    • Praia dos Ossos
    • Praia dos Ossos (bônus)
    • Retrato narrado
    • TOQVNQENPSSC
  • Igualdades
  • Dossiê piauí
    • Má Alimentação à Brasileira
    • Pandora Papers
    • Arrabalde
    • Perfil
    • Cartas de Glasgow
    • Open Lux
    • Luanda Leaks
    • Debate piauí
    • Retrato Narrado
    • Implant Files
    • Eleições 2018
    • Anais das redes
    • Minhas casas, minha vida
    • Diz aí, mestre
    • Aqui mando eu
  • Herald
  • Vídeos
  • Lupa
  • Faça seu login

    Imagens dos destroços foram incluídas no laudo da Aeronáutica - FOTO: REPRODUÇÃO/CENIPA

anais da tragédia

O voo que não terminou

Laudo diz que erro humano derrubou o avião que matou o piloto Tuka Rocha e outras quatro pessoas

João Batista Jr. | 08 out 2021_16h11
A+ A- A

O bimotor Cessna 550 atravessava um céu límpido, os oito passageiros já enxergavam o mar azul da Península de Maraú, no litoral da Bahia, e o piloto Aires Napoleão Guerra, então com 66 anos, começou os procedimentos para aterrissar – e cometeu um erro fatal. O jato executivo pousou antes da cabeceira da pista, arrastou-se pelo chão por cerca de 200 metros, pegou fogo e explodiu, matando uma passageira na hora. O acidente aconteceu no dia 14 de novembro de 2019. Nos dias e semanas seguintes, outras quatro pessoas morreram em decorrência de complicações das intensas queimaduras, incluindo o piloto Tuka Rocha, uma estrela da Stock Car. Agora, depois de um ano e nove meses de trabalho, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluiu que o desastre resultou de uma falha do piloto.

Em quarenta páginas, o laudo do Cenipa explica que o piloto demorou a perceber o grau de proximidade entre a aeronave e a pista, e a demora prejudicou sua capacidade de corrigir o erro “em tempo hábil de evitar a colisão com o solo”. O laudo diz que um dos fatores que contribuíram para essa lentidão é que o piloto dividia “sua atenção entre a atuação nos comandos da aeronave e a supervisão das atividades do copiloto” – o jovem Fernando Oliveira Silva, 26 anos na data do acidente – porque tinha “pouca confiança (…) em relação ao desempenho do copiloto”. Os dois, diz o laudo, tinham “baixo nível de entrosamento”.

O laudo ainda especula que a largura da pista de pouso – de apenas 23 metros – pode ter prejudicado o desempenho da tripulação. Como a pista era “provavelmente mais estreita do que o usual para os pilotos envolvidos no acidente”, os pilotos podem ter tido “a ilusão de que aeronave se encontrava mais alta do que realmente estava em relação à distância da cabeceira”. Por isso, o bimotor pousou antes da pista, o que danificou o jato, produziu o fogo e a explosão. O piloto Guerra foi o menos ferido de todos. A piauí procurou Guerra para ouvi-lo sobre o resultado do laudo. Por telefone, ele disse que não comentaria o caso, “porque tem muitas inverdades e narrativas inverídicas”. Sugeriu então que seu advogado fosse procurado e disse que mandaria o contato por mensagem – o que não aconteceu até o fechamento desta reportagem. O copiloto, com queimaduras graves, morreu dez dias depois do acidente.

Havia dez pessoas a bordo – dois tripulantes e oito passageiros, um grupo de amigos que planejara passar o feriadão da Proclamação da República na residência da família do empresário Eduardo Mussi, na Península de Maraú. A primeira a morrer, com a explosão da aeronave, foi a empresária Marcela Elias, aos 37 anos. Mais tarde, morreram seu filho, Eduardo Elias, de 6 anos, e sua irmã, a influenciadora Maysa Mussi, 32 anos – além do copiloto Silva e de Tuka Rocha. Houve quatro sobreviventes, além do piloto Guerra: Eduardo Elias (pai de Eduardo e viúvo de Marcela), Eduardo Mussi (viúvo de Maysa), Marcelo Constantino, herdeiro da companhia aérea Gol, e sua namorada, a artista plástica Marie Cavelan. A piauí publicou uma reportagem reconstituindo o acidente em sua edição de fevereiro passado. 

O laudo do Cenipa também informa que o bimotor Cessna 550, comprado em 1981 e pertencente ao empresário Juca Abdalla, estava em perfeitas condições. Na entrevista que deu aos técnicos do Cenipa, o piloto Guerra diz que não tinha vínculo empregatício com Abdalla e que, naquela ocasião, estava fazendo um voo de teste. Ou seja, exibia o desempenho do jato executivo para um interessado em comprá-lo – no caso, Eduardo Mussi. No entanto, Mussi, que até hoje lida com pesadas sequelas do acidente, nega qualquer intenção de adquirir a aeronave e assegura que alugou-a como um serviço comum de táxi aéreo. Para corroborar sua versão, Mussi apresenta o comprovante do pagamento do aluguel – no valor de 55 mil reais – feito pelo seu pai, o empresário do ramo da mineração Carlos Henrique da Silva Ferreira, horas antes do embarque.

O detalhe é relevante para a apuração das responsabilidades. Marcelo Constantino e sua namorada Marie Cavelan, assim como os familiares de Tuka Rocha, movem um processo por danos morais e materiais contra Juca Abdalla. “O laudo do Cenipa é a prova que buscávamos para responsabilizar Abdalla pelo acidente”, diz o advogado Nelson Wilians, contratado por alguns familiares das vítimas da tragédia de Maraú. “Abdalla alugou o avião com seus pilotos. A queda é resultado de erro humano cometido por alguém contratado por ele. Por essas razões, ele deve ser responsabilizado por cinco mortes e tamanha dor.” Procurados pela piauí, os advogados de Abdalla disseram que o cliente não irá se manifestar.

João Batista Jr.
João Batista Jr.

Repórter da piauí, publicou A Beleza da Vida: A Biografia de Marco Antonio de Biaggi (Abril)

Leia Mais

anais da tragédia

“Gabriel! Gabriel!”

A procura por um jovem desaparecido no temporal em Petrópolis

28 mar 2022_15h39
anais da tragédia

Quando a terra tremeu

Minutos antes e minutos depois do rompimento da barragem de Brumadinho

22 dez 2021_16h10
anais da tragédia

De frente para a dor

No julgamento sobre as mortes na Boate Kiss, sobreviventes e famílias revivem memórias dolorosas à espera de justiça

10 dez 2021_15h11

 

 

 

PIAUI #190
  • NA REVISTA
  • Edição do Mês
  • Esquinas
  • Cartuns
  • RÁDIO PIAUÍ
  • Foro de Teresina
  • A Terra é redonda
  • Maria vai com as outras
  • Luz no fim da quarentena
  • Praia dos Ossos
  • Praia dos Ossos (bônus)
  • Retrato narrado
  • TOQVNQENPSSC
  • ESPECIAIS
  • má alimentação à brasileira
  • Pandora Papers
  • Arrabalde
  • Igualdades
  • Open Lux
  • Luanda Leaks
  • Debate piauí
  • Retrato Narrado – Extras
  • Implant Files
  • Eleições 2018
  • Anais das redes
  • Minhas casas, minha vida
  • Diz aí, mestre
  • Aqui mando eu
  • HERALD
  • QUESTÕES CINEMATOGRÁFICAS
  • EVENTOS
  • AGÊNCIA LUPA
  • EXPEDIENTE
  • QUEM FAZ
  • MANUAL DE REDAÇÃO
  • In English
    En Español
  • Login
  • Anuncie
  • Fale conosco
  • Assine
Siga-nos

WhatsApp: [11] 3061 2122
SAC: [11] 3584 9200
Renovação: 0800 775 2112
Segunda a sexta, 9h às 17h30

© REVISTA piauí 2022 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Desenvolvido por OKN Group