Orelhão da Flip
Sussurros e exclamações pelas ruas de Paraty durante a festa literária
“Eu pedi o livro O que é meu, aí o vendedor trouxe o meu livro”
Escritora, no estande de uma livraria, relatando que buscava o ensaio biográfico de José Henrique Bortoluci e recebeu a própria obra
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“Nesse ritmo vamos perder outro negócio! Então aperta esse passo”
Jovem apressada à frente de uma outra que caminhava olhando para o celular
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“Não, Isabel, não. Esse não é Neanderthal. É direto do macaco”
Mulher em um grupo com mais duas, em tom peremptório – não se sabe se falava de animal, de enredo de livro ou outro assunto
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“Era trisal. Agora são um quadrisal”
“Passada!”
Homem de uns 50 anos para a mulher com quem caminhava de mãos dadas
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“Gosta de poesia?”
“Hoje não”
Vendedor abordando uma mulher nas proximidades do centro histórico
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“Johnny, Johnny, cê não tá entendendo. O cara é o maior arroz de festa, cara!”
Homem jovem falando ao celular enquanto caminha apressado, depois de um longo silêncio em que só ouvia
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“Aí eu me engravidei”
“Nossa como você é de Áries. Você não se engravidou, amiga. Você foi engravidada”
Diálogo de duas mulheres na faixa dos 50 anos
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“Toda vez que vejo um sic no jornalismo eu quero morrer um pouquinho”
“Eu via sic de vez em quando e achava que a pessoa estava soluçando. O manual de redação é uma das piores coisas que o jornalismo fez pra sociedade”
Mediadora e um editor conversando sobre a norma culta
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“Recebi um texto erótico de uma amiga e ele tinha todos os problemas gramaticais do mundo. Mas eu li e fiquei com tesão. Como pode ter gerado essa reação? Tentei entender isso no meu mestrado”
De novo o editor, na mesma conversa
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