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    Assunto de polícia: sumiço e furto de peças do Museu Britânico não são novidade. Em 1993, ladrões levaram moedas e joias romanas. Em 2002, afanaram uma cabeça grega de 2 500 anos. Em 2004, sumiram quinze joias chinesas do período medieval CRÉDITO: ÁLVARO BERNIS_2024

questões de pilhagem

Os escândalos do Museu Britânico

Um furto dentro da instituição, e as pressões para que ela devolva a outros países o que foi roubado no passado

| 14 mar 2025_10h14
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O Museu Britâ­nico, como outras instituições semelhantes, vem enfrentando crescentes questionamentos éticos sobre a maneira com que montou seu acervo. No fim de 2022, surgiram notícias de que o presidente do conselho de administração do museu, George Os­borne, estava em negociações com o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mit­sotakis, para permitir que os Mármores do Partenon, como são chamados hoje, fossem enviadas de volta para a Grécia. Uma parte do friso do Partenon, originalmente com 160 metros, assim como várias estátuas em tamanho natural que havia nos dois frontões do templo situado na Acrópole de Atenas foram extraídos por lorde Elgin, um nobre escocês, no século XVIII.

Não é a única dificuldade com a qual lida atualmente o Museu Britânico. Em 2023, veio à tona o escândalo de um provável roubo de grande monta na instituição. Ao longo de muitos anos, centenas de objetos teriam sido furtados do acervo – e alguns vendidos –por um membro da equipe de cura­dores do próprio museu.

Este caso talvez nunca tivesse vindo à luz não fosse a persistên­cia do dinamarquês Ittai Gradel, um colecionador e negociante de antiguida­des. Ele não sai à caça de descober­tas nas ruínas e escavações de palácios e templos, como faziam seus antecessores do século XVIII. Em vez disso, vascu­lha tesouros enterrados no novo sítio arqueológico do século XXI – o eBay, escreve Rebecca Mead, na edição deste mês da piauí. Foi no eBay que Gradel deparou com várias peças que ele reconheceu como sendo do acervo do Museu Britânico. Depois de realizar uma investigação própria, chegou ao nome do culpado.

Em meados de dezembro de 2023, o museu publicou os resultados de uma análise interna e anunciou que toda a sua cole­ção passaria por uma nova documenta­ção e digitalização para “eliminar quaisquer bolsões de objetos não registra­dos”. O relatório também deu alguns detalhes so­bre a busca para encontrar as peças per­didas. Informou que, dos cerca de 2 mil objetos desaparecidos ou danificados, cerca de 600 foram recuperados até ago­ra, a maioria deles com a ajuda de Gra­del.

Assinantes da revista podem ler a íntegra da reportagem neste link.

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