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    Fabiano Ferreira, um dos ex-coroinhas, abraçado com o monsenhor Luiz Barbosa, condenado a 21 de anos de prisão por prostituição e exploração sexual de menores Foto: Acervo pessoal

questões eclesiásticas

Pecado sem penitência

A Igreja Católica briga na Justiça para não pagar indenização a três ex-coroinhas de Alagoas que denunciaram padres por abuso sexual

José Dacauaziliquá e Eduardo Reina, de São Paulo | 11 jun 2024_08h45
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Fabiano da Silva Ferreira, 34 anos, trabalha numa revendedora de motos. Anderson Farias Silva, 35, é policial militar. Cícero Flávio Vieira Barbosa, 36, é instrutor de autoescola. Os três levam uma vida muito diferente daquela que imaginavam quando eram crianças em Arapiraca, interior de Alagoas. Criados em famílias devotas, numa cidade predominantemente católica, eles desde cedo manifestavam uma vontade: ser padres. Tornaram-se coroinhas por volta da mesma época, na virada dos anos 2000, preparando-se para percorrer os degraus da vida eclesiástica. Mas deixaram a Igreja precocemente, depois de passarem por um trauma que escandalizou o país e que até hoje se desdobra na Justiça.

Em 2010, Fabiano, Anderson e Flávio relataram ter sido abusados durante anos por três padres. Numa reportagem exibida na tevê, descreveram em detalhes a rotina de violência sexual a que foram submetidos. Junto às entrevistas, foi mostrado um vídeo em que um dos clérigos pratica um ato sexual com Fabiano. No momento da filmagem, o ex-coroinha já tinha 19 anos de idade, mas a gravação deu materialidade às acusações de pedofilia.

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