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Persona non grata

Estou correndo o risco de ser declarado persona non grata em Barra do Piraí, por causa do post da semana passada! Lamentaria ser impedido de voltar à região e até, talvez, de ir até Valença, onde filmei há muitos anos, dando pequena contribuição para a economia local. Mas, a julgar pelo e-mail de um leitor, posso até vir a ser obrigado a pedir visto especial para passar nas proximidades de Barra do Piraí. Quem sabe barrenses enfurecidos farão piquetes na via Dutra para impedir minha passagem?

| 27 maio 2011_11h19
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Não, não se trata do Lars von Trier. O caso aqui é outro.

Estou correndo o risco de ser declarado em Barra do Piraí por causa do post da semana passada! Lamentaria ser impedido de voltar à região e até, talvez, de ir até Valença, onde filmei há muitos anos, dando pequena contribuição para a economia local.

Mas, a julgar pelo e-mail de um leitor, posso até vir a ser obrigado a pedir visto especial para passar nas proximidades de Barra do Piraí. Quem sabe barrenses enfurecidos farão piquetes na via Dutra para impedir minha passagem?

O que levou a essas reações furiosas? Na verdade, apenas a leitura desatenta do que escrevi. Repito que não considero ser atribuição das secretarias de Cultura da Prefeitura do Rio e do Governo do Estado incentivarem o turismo através da RioFilme, empresa distribuidora de filmes, e apoiarem a Rio Film Commission com recursos públicos, em prejuízo de uma das múltiplas finalidades específicas dessas secretarias, omissas no apoio e incentivo à atividade cinematográfica brasileira.

Se Barra do Piraí, ou qualquer outro município do estado, quer passar procuração para alguém vender suas paisagens no exterior, não seria um reles forasteiro como eu que iria discordar.

O que está no meu direito, porém, sem recorrer a ironias, insinuações e ofensas pessoais, foi alertar para o fato de que os supostos benefícios de filmagens de produções estrangeiras muitas vezes são ilusórios, havendo casos recentes de calotes milionários.

Melhor fariam cidadãos, políticos e publicitários interessados na prosperidade de Barra do Piraí, se procurassem estimular atividades econômicas que gerem empregos permanentes, e não sazonais como os da produção cinematográfica. E recorressem aos órgãos de governo e empresas que tenham entre suas atribuições a finalidade de promover a economia e o turismo na região, para levar benefícios ao município.

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