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    Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série Futuro das Pedras, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 10 x 4 x 4,5 cm FOTOS: SILVIA NORONHA

portfólio

Tragédia em arte

Na Alemanha, a lama coletada depois do desastre de Mariana vira obras de arte que contam a história do antropoceno – e do descaso

José Gabriel Navarro | 26 set 2017_07h10
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Quando o rompimento da barragem do Fundão sepultou a cidade de Mariana, em Minas Gerais, no que foi considerado o maior desastre ambiental da história do país, a artista plástica mineira Silvia Noronha já havia começado uma extensa pesquisa sobre como pedras podem ser consideradas uma forma de mídia, uma maneira única de se contar uma história. Foi influenciada pelo sociólogo francês Roger Caillois, autor de L’Écriture des Pierres (A Escrita das Pedras, sem edição no Brasil), que buscava examinar padrões revelados através de cortes de minerais. “Ele é um bom exemplo de pesquisador que queria ir além dos conceitos antropocêntricos, estabelecendo um interessante diálogo com as pedras em sua forma de extrair informações delas.”

Ao ver a onda de lama acabar com a cidade, pareceu-lhe óbvio investigar impactos e consequências imprevisíveis e irreversíveis que se seguiram à tragédia a partir da herança mineral. “O episódio representa muito dos tempos em que vivemos, o Antropoceno, período no qual a atividade humana tem sido dominante no clima e no meio ambiente. Ao ler as notícias, percebi como todo o ambiente da região, ou seja, como toda a informação contida naquela superfície, havia sido alterada em um curto espaço de tempo.”

A artista plástica arregaçou a barra da calça e coletou, ela própria, cerca de sete quilos de lama do povoado de Bento Rodrigues, distrito de Mariana mais atingido pelo desastre. De volta a Berlim, onde mora, ela começou a projetar o que chamou de “pedras especulativas”. “Entendo que esse material contém uma enorme quantidade de informações provenientes da catástrofe, tanto do presente como do passado. Grande parte dessa informação ainda não foi interpretada, e as pedras funcionam como mídia para transmiti-la de uma outra maneira, não linear”, explicou.

O resultado é a série The Future of Stones, oficialmente traduzida como O Futuro das Pedras. Os cristais de Silvia foram produzidos a partir de uma parceria com a Universidade Técnica de Berlim, onde rejeitos de Mariana foram submetidos a condições de temperatura e pressão extremas, de modo a simular possíveis processos geológicos que sofreriam naturalmente ao longo de (muitos) anos.

O trabalho pode ser visto no Kunstwerk, um centro cultural de Colônia, na Alemanha, até 4 de novembro. Não há previsão de se trazer a mostra ao Brasil.

Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série <i>Futuro das Pedras</i>, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 5,5 x 6,5 x 7,0 cm
Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série Futuro das Pedras, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 5,5 x 6,5 x 7,0 cm

Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série <i>Futuro das Pedras</i>, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 5,0 x 8,5 x 8,0 cm
Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série Futuro das Pedras, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 5,0 x 8,5 x 8,0 cm

Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série <i>Futuro das Pedras</i>, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 3,0 x 3,5 x 5,0 cm
Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série Futuro das Pedras, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 3,0 x 3,5 x 5,0 cm

Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série <i>Futuro das Pedras</i>, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 4,5 x 6,0 x 7,0 cm
Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série Futuro das Pedras, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 4,5 x 6,0 x 7,0 cm

Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série <i>Futuro das Pedras</i>, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 8,0 x 13,0 x 14,0 cm
Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série Futuro das Pedras, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 8,0 x 13,0 x 14,0 cm

Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série <i>Futuro das Pedras</i>, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 8,0 x 9,0 x 10,0 cm
Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série Futuro das Pedras, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 8,0 x 9,0 x 10,0 cm

Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série <i>Futuro das Pedras</i>, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 4,0 x 4,5 x 10,0 cm
Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série Futuro das Pedras, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 4,0 x 4,5 x 10,0 cm

Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série <i>Futuro das Pedras</i>, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 3 x 7,5 x 4 cm
Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série Futuro das Pedras, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 3 x 7,5 x 4 cm

Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série <i>Futuro das Pedras</i>, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 4,3 x 5,0 x 7,5 cm
Rocha Vulcânica, ca. 100.000 anos Pós-Antropoceno, 2016. Série Futuro das Pedras, terra com resíduos materiais coletados após a catástrofe em Bento Rodrigues, 4,3 x 5,0 x 7,5 cm

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Errata: diferentemente do que foi publicado, Bento Rodrigues é um distrito do município de Mariana, em Minas Gerais, e não uma cidade. Informação atualizada às 16h40 do dia 26 de setembro de 2017.

 

José Gabriel Navarro

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