Vinícius Júnior: ele não quer que seu instituto trabalhe só para tornar as aulas mais atraentes para crianças em municípios pobres. Pediu que também se concentre no combate ao racismo CRÉDITO: DOUGLAS NASCIMENTO_2023
Vini Jr não quer ser vítima, mas carrasco de racistas
Jogador também orientou seu instituto pedagógico a focar no combate ao preconceito
| 01 set 2023_05h00
Em maio, durante um jogo contra o Real Madrid na cidade de Valência, depois de ser chamado de “macaco”, o jogador Vinícius Júnior se aproximou da arquibancada e indicou um dos racistas que o insultaram. O jogo parou, voltou e ficou por isso mesmo. Poucos depois, Vinícius acabou expulso do jogo, injustamente.
Encerrada a partida, Vini Jr foi ao Twitter e escreveu sobre o campeonato espanhol de futebol: “O racismo é o normal na LaLiga. A competição acha normal, a federação também e os adversários incentivam. Lamento muito.” Nada mudou – mas uma coisa importante aconteceu: o episódio ajudou a reforçar a nova trajetória de Vini Jr, a de tornar-se um jogador radicalmente antirracista.
Sua equipe, com quase trinta pessoas, define as estratégias de como o jogador deve se portar diante de casos de racismo. Uma das conclusões dos assessores é que ele não deve se colocar publicamente como “vítima”, mas como “carrasco” de racistas, revela, desde Madri, o repórter João Gabriel de Lima na piauí deste mês.
No Instituto Vini Jr, criado pelo jogador em 2021 para tornar as aulas mais atraentes para crianças em municípios pobres, ele pediu que fosse incluído agora este foco: o combate ao racismo.
Depois dos ataques em Valência, o jogador firmou uma “aliança potente” com o rapper Jay-Z, que se tornou acionista da tfm, a empresa que administra a carreira de Vinícius. Com isso, a tfm mudará de nome para Roc Nation Sports Brazil, usando a marca consagrada pelo rapper. Jay-Z agencia artistas e atletas no mundo inteiro e foi o responsável por aumentar a presença de cantores negros nos shows do Super Bowl, a final da liga de futebol americano.
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