O abraço da serpente – originalidade desestimulante
Um filme baseado no diário de viagem de Theodor Koch-Grünberg, que esteve quatro vezes no Brasil e morreu de malária em Boa Vista, deveria causar grande interesse entre nós
Um filme baseado em parte no diário de viagem do etnólogo e explorador Theodor Koch-Grünberg (1872-1924), que a partir de 1896 esteve quatro vezes no Brasil e morreu de malária em Boa Vista, deveria forçosamente causar grande interesse entre nós. Não pelo fato de ter concorrido ao Oscar de melhor filme em língua estrangeira, muito menos pela recepção eufórica de boa parte da crítica americana, mas sim por ter sido nos mitos e lendas indígenas coletados por Koch-Grünberg no segundo dos cinco volumes de Do Roraima ao Orinoco, publicado em 1917, que Mário de Andrade buscou inspiração para escrever Macunaíma.
O consenso resumido da crítica americana, segundo o site rottentomatoes.com, é que O abraço da serpente oferece um “banquete dos sentidos para fãs em busca de uma dose de originalidade estimulante”. O espectador que estiver carente de “uma dose de originalidade estimulante” talvez possa ter, de fato, um frisson, com direito a cobras e onças, inclusive.
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