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Na pandemia, desligamentos por morte entre motoristas de ônibus e de caminhão cresceram no mesmo ritmo que entre técnicos e auxiliares de enfermagem

Lianne Ceará, Daniel T. Ferreira e Renata Buono | 28 maio 2021_09h08
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Longe da linha de frente de combate à Covid mas sempre perto das estradas, motoristas de ônibus e de caminhão viram o número de desligamentos por morte aumentar durante a pandemia. Mesmo quando a ordem era ficar em casa, esses trabalhadores não pararam de levar passageiros e mercadorias aos seus destinos. Profissionais da enfermagem também não puderam parar – segundo dados do Caged, os motoristas, mesmo longe dos hospitais, foram tão desligados por morte como os técnicos.

Desde abril do ano passado, a média mensal de desligamentos por morte de motoristas de ônibus e caminhão aumentou 80%, em comparação com o período pré-pandêmico; foi o mesmo crescimento verificado entre técnicos e auxiliares de enfermagem. Para cada 10 motoristas e técnicos de enfermagem que morriam antes do coronavírus, agora são 18. Segundo dados de pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os motoristas de ônibus urbano e rodoviário têm 71% de risco de contrair o coronavírus, enquanto os auxiliares de enfermagem têm 87%. O Caged não informa a causa da morte das vítimas. 

Fonte: Caged (Ministério da Economia), compilado pelo Pindograma

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