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Em carreiras tradicionais de ensino superior, risco de um homem negro morrer de Covid-19 é 45% maior que o de um homem branco

Hellen Guimarães e Renata Buono | 06 out 2021_09h00
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Em média, profissionais negros do topo do mercado de trabalho têm risco 45% maior de morrer de Covid-19 que os homens brancos nas mesmas funções. Entre engenheiros, arquitetos e outros profissionais de nível superior, a chance é 44% maior. Entre advogados, os homens negros têm probabilidade 43% maior de vir a óbito que os homens brancos infectados pelo coronavírus. Para profissionais da comunicação, o risco é 45% maior e, finalmente, entre contadores ou administradores, 49%.

“Isso pode ser explicado, principalmente, por uma inserção mais frágil no mercado, que envolve os homens negros em situações mais expostas ao vírus. Por outro lado, há uma desigualdade socioespacial, territorial, que faz com que, mesmo atuando nas mesmas ocupações, os negros estejam mais propensos a pegar transporte público, aumentando a exposição ao vírus”, explicou Ian Prates, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo.

“Todos esses fatoreis ambientais, claro, são permeados por relações sociais marcadas por racismo e discriminação, e por algo que já é ponto pacífico para quem estuda essa temática: no topo, a desigualdade racial é ainda maior. A diferença salarial entre médicos brancos e negros é maior do que a de ocupações da base do mercado de trabalho, como pedreiros brancos e negros, por exemplo”, ressaltou.

Fonte: Rede de Pesquisa Solidária

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