A morte do indígena que viveu isolado a vida toda
Ele era o último representante de um povo desconhecido
Um indígena vivia totalmente isolado em uma mata perto do Rio Tanaru, em Rondônia. Estava sempre nu e se alimentava de peixes, milho, mamão e mel que extraía de colmeias. Quando funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) tentaram se aproximar dele, foram alvo de flechas. Isso aconteceu duas vezes. O indígena permaneceu sozinho, como desejava.
Estima-se que tivesse cerca de 60 anos, mas tudo a respeito dele era incerto ou desconhecido, conta o jornalista Rubens Valente na piauí de outubro. Não se sabia qual a sua língua nem sua etnia, mas seu desaparecimento equivale ao desaparecimento de um povo indígena. Seu nome era desconhecido, tanto que os funcionários da Funai o chamavam de “índio do buraco”, porque havia uma cova ao lado de sua moradia.
No final de agosto, ele foi encontrado morto na sua choupana. Há indícios de que se preparou para morrer. Colocou sobre a cabeça um tipo de bandana e fez um feixe das flechas que confeccionou. O índio do buraco morreu deitado no alto de uma rede, com o corpo enfeitado com penas de arara.
Os assinantes da piauí podem ler a íntegra do relato da morte aqui.
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