CRÉDITO: ROBERTO NEGREIROS_2021
Delicadeza e humor, marcas do traço de Negreiros
Ilustrador morreu nesta quarta-feira em São Paulo
Existe uma geração de cartunistas cujos traços ficaram marcados na memória dos leitores brasileiros. Entre eles está Roberto Negreiros, que morreu nesta quarta-feira (22), aos 69 anos, em São Paulo. Segundo a família publicou nas redes sociais, ele foi vítima de um infarto.
As ilustrações de Negreiros, formado em Artes Visuais pela Fundação Armando Alvares Penteado, tinham de particular a combinação do lápis de cor com a aquarela. Foram publicadas em inúmeros jornais e revistas, entre eles a piauí. Em 2015, por exemplo, o artista deu corpo e rosto a uma multidão de cariocas que se espremeram para comprar mais barato no aniversário do supermercado mais popular do Rio.
![](https://s3.amazonaws.com/uploads.piaui.folha.uol.com.br/wp-content/uploads/2015/10/17142525/chegada_110-1024x561.jpg)
Há um ano, Negreiros ilustrou um dos muitos cartórios dominados por políticos e desembargadores de Alagoas.
![](https://s3.amazonaws.com/uploads.piaui.folha.uol.com.br/wp-content/uploads/2022/03/18201730/186_questoesrepublicanas-745x1024.jpg)
A piauí teve o privilégio de publicar muitos dos seus cartuns. À diretora de arte Maria Cecília Marra, Negreiros confessou mais de uma vez que adorava cachorros e por isso os desenhava com tamanha facilidade. Os animais foram tema de duas coleções de desenhos dele publicadas na revista, que você pode ver aqui e aqui.
Nos quase 17 anos de piauí, o texto que mais agradou Negreiros, contou ele a Marra, foi o que a jornalista Dorrit Harazim escreveu para se despedir de Ronald Searle. O cartunista britânico era a referência maior do trabalho do brasileiro. “Searle é um deleite, um deslumbre de elegância e graça. Puro gênio”, disse num e-mail a Marra, como se estivesse descrevendo o próprio trabalho.
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