
O jornalista centrafricano Ephrem Ngonzo: escondido, ele deixou seu país cruzando um rio em uma canoa. Ficou vários meses na República Democrática do Congo, até obter um visto francês CRÉDITO: MATHIAS BENGUIGUI/PASCO AND CO_2024
“A população foi manipulada”
As revelações de um jornalista sobre a guerra de desinformação promovida por milicianos russos na África
Morgane Le Cam | Edição 222, Março 2025
Tradução de Claire Laribe
Ephrem Ngonzo parece tomado pela ansiedade. Seu olhar é vacilante. Ele procura as palavras. Sua fala é fragmentada. Há meses, esse jornalista centro-africano de 29 anos espera o momento de desabafar. “Ajudei a manter meu país no caos”, ele murmura, durante uma conversa ocorrida em 30 de setembro do ano passado. “Agora, quero denunciar tudo, para reparar o mal que fiz, para me libertar da vergonha e do arrependimento.”
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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