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Abstenção foi decisiva na eleição em 2020

Amanda Gorziza, Lianne Ceará, Marcos Amorozo, Hellen Guimarães e Renata Buono | 20 nov 2020_18h54
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Devido ao isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus, muitos eleitores optaram por não irem às urnas no primeiro turno das eleições municipais – 23,1 em cada cem eleitores não foram votar. Em 2016, foram 17,6 em cada cem. Em 112 cidades, a abstenção ficou acima da casa dos 30%. Em Oiapoque, no Amapá, 4 em cada dez eleitores não foram às urnas – 38,27% de abstenção.

Neste pleito, a soma de abstenções, votos em branco e nulos chegou a 30,6%, a maior desde 1996. Porto Alegre registrou a maior taxa de não comparecimento entre as capitais – 33,08%. Já o Rio de Janeiro, a maior abstenção proporcional, com 28,08% de ausentes.

Na capital fluminense, a soma de votos em branco, nulos e abstenções chegou a 2,2 milhões – mais do que os 2,1 milhões de votos dados a Eduardo Paes (DEM), com 974.804 votos; Marcelo Crivella (Republicanos), com 576.825 votos; Martha Rocha (PDT), com 297.751 votos; e Benedita da Silva (PT), com 296.847 votos, juntos. A abstenção bateu recorde no Rio de Janeiro, 32,79% de votantes não foram às urnas. Ou seja, os eleitores ausentes foram decisivos nas eleições municipais deste ano.

Fonte: Dados do Tribunal Superior Eleitoral tabulados pela empresa ASK-AR a pedido da piauí

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