Allan Weber com o cordão de ouro criado por ele: “Nunca imaginei que minha realidade pudesse estar dentro de galeria. Eu só via outras paradas, tudo branco, com paleta minimalista” CRÉDITO: MATIAS MAXX_2022
A arma da arte
A trajetória do artista visual Allan Weber, da favela às galerias
Na última ArtRio, o artista visual Allan Weber chamou a atenção com a série de obras chamada Traficando Arte. Um desses trabalhos exibidos na feira anual de arte consistia em uma fileira de fuzis. Ao se aproximar, o visitante descobria que os fuzis eram, na verdade, formados por máquinas fotográficas e lentes.
O artista garimpou as câmeras em feiras de antiguidade, colou umas nas outras para que adquirissem a forma das armas e fixou o valor de cada uma em 40 mil reais – preço equivalente ao de um fuzil no mercado clandestino. “Resolvi vender minha arma de câmera no valor de um fuzil porque é melhor eu estar comercializando essa arma da arte do que uma arma de fogo, entendeu?”, ele conta ao jornalista Matias Maxx, autor de uma reportagem sobre o artista publicada na piauí de fevereiro.
Weber, que mora na comunidade Cinco Bocas, na Zona Norte do Rio de Janeiro, é um dos expoentes da arte brasileira atual. As fotos que fez quando foi entregador de delivery resultaram no livro Existe uma Vida Inteira que Tu Não Conhece. Em 2021, ele realizou um baile funk no Parque Lage, um dos principais pontos turístico do Rio, como trabalho final de um curso de arte. Na ArtRio, ele teve 51 trabalhos vendidos durante os cinco dias da feira, com valores entre 8 mil e 58 mil reais, parte das obras comprada pelo Instituto Inhotim. “Nunca imaginei que minha realidade pudesse estar dentro de galeria”, diz Weber.
Os assinantes da piauí podem ler a íntegra da reportagem neste link.
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