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piauí jogos

Jorge Murtinho

Jorge Murtinho foi autor do blog questões de futebol no site da piauí

histórias publicadas

Carioca ou catalão?
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Carioca ou catalão?

Domingo à tarde, no horário clássico do futebol, o jornalista e crítico de cinema Marcelo Janot facebookou o seguinte micropost: “Fluminense, Flamengo e Vasco fazem gols e o silêncio sepulcral que reina na vizinhança só é quebrado quando é gol do Barcelona. Pobre campeonato carioca.”

Existe arroz à grega, iogurte grego, churrasco grego. Mas futebol grego não existe
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Existe arroz à grega, iogurte grego, churrasco grego. Mas futebol grego não existe

A maior contribuição da Grécia ao universo do futebol aconteceu em 1982, quando foi lançado Monty Python Ao Vivo no Hollywood Bowl e um dos esquetes mostrava a seleção dos filósofos gregos derrotando a dos filósofos alemães. Mesmo assim, o gol da vitória grega foi irregular, já que Sócrates estava impedido quando concluiu de cabeça o lance que começou com uma tremenda sacada de Arquimedes. Marx tinha razão em chiar.

Le jour de gloire est terminé
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Le jour de gloire est terminé

Alguma coisa não me cheira bem nesses franceses. Nas últimas três vezes em que os encaramos em Copas do Mundo, levamos três sapecadas ao som dos elegantes acordes de allons enfants de la patrie. Mas, para não virarmos escravos da estatística – que é a arte de torturar números até eles revelarem o que a gente quer –, é bom contextualizar essas derrotas.

Viva Chile, mierda!
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Viva Chile, mierda!

Faltando pouco mais de 100 dias para o primeiro jogo da Copa, o blog questões do futebol inaugura uma subseção sobre as seleções que estarão no Brasil em 2014. Funcionará sem qualquer critério e de forma saudavelmente anárquica. Sem critério porque não haverá lógica na publicação dos posts – nem ordem alfabética, nem divisão por grupos, nada. E de forma anárquica porque um azarão pode ser contemplado com um post só para ele, enquanto dois bichos-papões talvez apareçam no mesmo texto. Além disso, também não há periodicidade definida. Numa semana podemos publicar dois ou mais posts sobre o assunto, para depois passar quinze dias sem voltar a ele, já que as outras coisas que estiverem rolando no futibinha continuarão aparecendo por aqui.

A chance perdida pelo futebol brasileiro
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A chance perdida pelo futebol brasileiro

Detesto a expressão, mas vou usar: semana passada, o futebol brasileiro perdeu uma grande oportunidade para – desculpem – fazer história. Não creio que a torcida do Real Garcilaso seja mais ou menos racista do que quase todas as outras do planeta – o que inclui as nossas. Não vi o jogo, mas é bastante provável que o time peruano tenha entrado em campo com mais negros que o Cruzeiro. E sou capaz de apostar que, se na saída do estádio os imbecis que imitaram macacos encontrassem Teófilo Cubillas – o maior jogador peruano de todos os tempos, e negro –, todos pediriam autógrafos e produziriam selfies abraçados ao ídolo.

Por que a Libertadores mexe tanto com os nervos do futebol brasileiro?
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Por que a Libertadores mexe tanto com os nervos do futebol brasileiro?

O respeitável cidadão que aparece sem camisa nessa foto, na cabine da rádio Transamérica, no Maracanã, foi e será, para todo o sempre, um dos maiores meio-campistas do futebol mundial. Nascido e criado na deliciosa cidade de Niterói, onde desenvolve um trabalho social bem bacana no Instituto Canhotinha de Ouro, Gérson jogou no Canto do Rio, Flamengo, Botafogo, São Paulo e Fluminense. Pois este senhor de 73 anos, que nunca escondeu de ninguém ser torcedor do Fluminense, se empolgou, explodiu de alegria e festejou au grand complet o terceiro gol de Wallyson na partida com o Deportivo Quito, que garantiu a classificação do Botafogo para a fase de grupos da Libertadores.

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Juninho Pernambucano: despedida sem sucessores

Sempre gostei do Juninho Pernambucano. Campeão brasileiro pelo Vasco em 1997 e em 2000, e da Libertadores em 1998, poderia perfeitamente ter integrado a seleção brasileira de 2002 – tenho minhas dúvidas se ele não teria sido, por exemplo, melhor do que o Kléberson – e foi engolido pelo tsunami que varreu nossa seleção em 2006. Meia-direita inteligente e combativo, raçudo e dedicado, creio ser justo colocá-lo na lista dos dez maiores ídolos da história do Vasco.

Angu do Gomes
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Angu do Gomes

De aproximadamente dez dias para cá, jornais e sites de esporte passaram a tratar de uma velha novidade: a de que transferências internacionais de jogadores de futebol são grandes fontes de lavagem de dinheiro. Todos fomos pegos de surpresa, até porque sempre acreditamos que o Hulk vale mesmo os 60 milhões de euros que o Zenit teria pago ao Porto. 60 milhões de euros. Hoje, com o dólar a 2,40 e o euro a 3,30, Isinbayeva teria que quebrar o recorde em 825 competições diferentes para faturar essa bobagem. O que trouxe o tema à tona foi o muito mal explicado histórico da venda de Neymar, e a partir daí instalou-se a lenga-lenga. Primeiro, o Santos não sabia de nada. Depois, o pai de Neymar mostra uma carta em que o Santos o autoriza a negociar. Aí o Santos se defende, e alega que a carta autorizava o início das conversas, e não o recebimento adiantado de 10 milhões de euros. Etc., etc., etc.

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Os estaduais agonizam mas não morrem

Domingo, depois do almoço, estava lendo a matéria “Sorriso de monge, carteira de yuppie”, feita por Nathan Heller para a revista The New Yorker, traduzida por Sergio Flaksman e publicada na última edição da piauí. O texto trata dos estilos de vida e modelos de negócios na cidade de São Francisco, Califórnia. Dei uma parada na leitura para ver a estreia do Flamengo no campeonato estadual e, juntando as duas coisas, me veio o estalo de lançar uma startup oferecendo um produto inovador, desprovido de química e certeiro contra os males da insônia. A ideia é montar uma coleção de blu-rays e DVDs com jogos do campeonato carioca, deixando a escolha do remédio ao livre-arbítrio do consumidor.