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    Manifestação recente em Tel Aviv: “Pode ser que haja uma oportunidade para capitalizar a ira generalizada do público contra o governo fanático e ultranacionalista de Netanyahu” CRÉDITO: AHMAD GHARABLI_AFP_2023

carta de israel

Crise da esquerda israelense se amplia

Extrema direita do país tem ameaçado e assediado ativistas

Dahlia Scheindlin | 01 dez 2023_04h53
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Muitos dos kibutzim mais atingidos pelo Hamas em 7 de outubro passado no sul de Israel eram de tendência de esquerda, e alguns eram o lar de ativistas da paz. Mas, logo depois do ataque, a esquerda israelense se preparou para enfrentar a fúria da direita, apontada como a causa dos infortúnios por que passa o país, apesar de estar fora do poder há quase 23 anos.

Não é uma esquerda numerosa: antes mesmo do ataque, as pessoas a favor da paz e contrárias à ocupação estavam reduzidas a uma minúscula parte da população.

Agora, com o ataque, os últimos vestígios da esquerda serão extintos ou um novo sentido de urgência será dado aos valores da esquerda, analisa a cientista política israelense Dahlia Scheindlin na edição deste mês da piauí.

Em épocas difíceis, os israelenses geralmente se voltam para a direita. Nas últimas duas décadas, as posições básicas da esquerda – defender acordos nas esferas política e territorial, reciprocidade dos direitos nacionais e compromisso com a paz – perderam a simpatia da maioria dos israelenses.

Nas últimas semanas, a extrema direita tem ameaçado e assediado ativistas da esquerda, em particular cidadãos palestinos, que criticam publicamente a guerra ou simpatizam com as vítimas de Gaza. Também tem feito o chamado doxxing – expressão em inglês para designar a divulgação de dados pessoais – contra ativistas de esquerda. É uma forma de ameaçá-los e intimidá-los. O jornal Haaretz noticiou que os dados pessoais de um cineasta de esquerda foram postados num canal público do Telegram, depois que ele lamentou a morte de civis em Gaza e também pediu a libertação dos reféns israelenses.

É muito provável que a esquerda israelense não passe por uma ressurreição política no futuro próximo. Mas, se quiser influenciar a corrente majoritária do país, precisará continuar unindo forças com outros cidadãos acerca de problemas que todos têm em comum.

Assinantes da revista podem ler a íntegra do texto neste link.

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