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    Os Delfim Boys se referem até hoje ao ex-ministro com gratidão quase irrestrita. "Tudo é questão de lealdade. As pessoas vão percebendo que vale a pena ser leal", diz Delfim FOTO: EGBERTO NOGUEIRA_IMÃ FOTOGALERIA_2014

vultos da república

O chefe

De czar da economia na ditadura a amigo de Lula, Delfim Netto, morto aos 96 anos, exerceu superpoderes e cultivou lealdades

Rafael Cariello | 12 ago 2024_09h26
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Delfim Netto foi office boy, professor universitário, embaixador e ministro durante a ditadura: primeiro comandou a Fazenda, depois a Agricultura, e por fim a Secretaria de Planejamento da Presidência da República. Foi, por muitos anos, o czar dos militares na economia. Viveu o auge do “milagre” de crescimento do PIB e a derrocada econômica que o sucedeu. Mais tarde, elegeu-se deputado federal. Tornou-se interlocutor frequente de Lula, quando o petista se tornou presidente. Com Dilma, não tinha tanta abertura.

Delfim Netto morreu os 96 anos nesta segunda-feira (12). Estava internado havia alguns dias no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A piauí publica, abaixo, um trecho do perfil escrito pelo repórter Rafael Cariello e publicado em setembro de 2014. Assinantes da revista podem ler aqui a íntegra da reportagem.

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O economista Antonio Delfim Netto tirou o telefone do gancho e chamou a secretária: “Avisa ao Paulo que já vamos começar.” Sentado atrás da sólida mesa de madeira do seu escritório, fez um gesto com a mão e pediu que eu esperasse. O amigo de mais de meio século, ocupado na sala ao lado, gostava de acompanhar as entrevistas que vínhamos realizando. Ficaria triste se começássemos sem a sua presença.

Falou isso como se contasse um segredo, com a característica voz rouca e profunda, quase sussurrada, que costuma dar um ar de confidência e importância mesmo a observações prosaicas. É uma das marcas registradas de Delfim. Outras são os óculos de armação pesada e quadrada, comuns nos anos 70; o corpo atarracado e obeso, disposto como num triângulo de ponta-cabeça – mais largo na altura do peito, estreita-se abaixo da cintura, sustentado por perninhas frágeis e curtas –; e o estrabismo acentuado, semelhante ao do filósofo Jean-Paul Sartre, com o olho esquerdo sempre voltado para fora. Seus traços físicos incomuns estão reproduzidos pelas paredes do gabinete, emoldurados nas cerca de vinte caricaturas que decoram o ambiente. O conjunto de desenhos – uma espécie de museu de si mesmo – serve como registro de décadas de extraordinário poder.

Sócio de Delfim há quase trinta anos na consultoria econômica que fundaram, Paulo Yokota não demorou a aparecer. Filho de japoneses – seu pai, alfaiate, conheceu a mulher no Brasil –, tem 75 anos. Ainda garoto, trabalhou como office-boy. Fez curso técnico de contador e foi estudar economia na Universidade de São Paulo, onde, no final dos anos 50, conheceu Delfim e se tornou seu assistente de ensino. Neto de imigrantes italianos, Delfim tem 86 anos de idade. Como Yokota, foi office-boy, fez curso técnico de contador e estudou economia na USP.

Anos depois, servindo à ditadura militar, Delfim comandou a economia brasileira entre 1967 e 1974, durante o “milagre”, quando o Produto Interno Bruto chegou a crescer 14% num único ano. Voltou ao comando da finança nacional em 1979, e no começo dos anos 80, no governo do general João Baptista Figueiredo, se viu obrigado a gerir a pior recessão do pós-guerra. Não conseguiu impedir que os índices de inflação saltassem para níveis até então inauditos, de mais de 200% ao ano, legando à democracia uma herança de crise e descontrole de preços que só seria superada com o Plano Real, em 1994.

Na definição do ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, Delfim teve, nesse período, “poderes de matar de inveja um rei medieval”. Na charge de maior destaque em seu escritório, esses poderes estão explicitamente associados ao conhecimento técnico. Pendurada sobre a lareira, uma versão de A Lição de Anatomia do Dr. Tulp, de Rembrandt, mostra Delfim como o médico principal, em roupas do século XVII, prestes a abrir com o bisturi um corpo pálido, diante dos olhares curiosos dos alunos de medicina. No desenho de Chico Caruso, feito nos anos 80, o defunto, objeto da dissecação e do “arrocho” salarial imposto aos trabalhadores, era o então metalúrgico e líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva.

Com o ocaso da ditadura, Delfim perdeu relevância política, mas nunca deixou de ser querido e apoiado por boa parte dos empresários brasileiros, em especial os paulistas. Ficou distante das decisões econômicas durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso. Quando Lula chegou ao Planalto, voltou a marcar presença no centro do poder, tornando-se um dos principais conselheiros do então presidente. Ainda hoje se encontram e conversam com regularidade. Delfim repete, para quem quiser ouvir, que ele e Lula se falam pelo menos duas vezes por mês.

No escritório, sentado diante do antigo professor, Paulo Yokota acompanhava com atenção histórias que está cansado de conhecer – e intervinha ocasionalmente, de maneira elogiosa, para ressaltar algum feito importante do amigo. Pelas mãos de Delfim, Yokota também teve seu quinhão de sucesso. Foi presidente do Incra, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, e diretor do Banco Central do Brasil. Mas o apoio foi recíproco. Sem pessoas como Yokota, dificilmente Delfim teria exercido o poder com tanta desenvoltura.

O ex-ministro sempre se valeu de seguidores fiéis, muitos deles alunos que ajudara a formar na USP, para estender, como tentáculos, sua presença na máquina burocrática do Estado. Ocupando cargos estratégicos, auxiliares como Yokota aumentavam sua capacidade de decisão e influência – mesmo em áreas que, formalmente, não estavam sob sua responsabilidade.

O círculo mais estreito desses colaboradores chegava a quase duas dezenas de pessoas. No Rio de Janeiro dos anos 60, onde ainda funcionava boa parte da administração federal, foram apelidados de “Delfim Boys”. Deles o chefe podia esperar informações estratégicas e ação obediente. O empresário e ex-deputado tucano Márcio Fortes, que também trabalhou no governo Figueiredo e foi colega de Delfim no Congresso, comenta que o ex-ministro nunca andava sozinho. “Ele era como uma galinha. Tinha sempre um monte de pintinhos em volta.”

 

Numa tarde de maio, em seu escritório no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, o economista Eduardo de Carvalho explicou como atuava a equipe de Delfim. Carvalho, hoje dono de uma consultoria na área sucroalcooleira, foi chefe da assessoria econômica do ministro da Fazenda no início dos anos 70. Aos 75 anos, tem os cabelos e o bigode brancos, e um jeito franco e bem-humorado de falar. Ex-aluno de Delfim, contou que o professor conquistava a elite militar com seu jeito de “garotão italiano” boa-praça. “Ele era o gordo feliz; e era um animal político, tinha fome de poder”, explicou.

O critério mais importante para “fazer parte da turma”, ele disse, era a lealdade. “Essa era a porta de entrada. Você podia errar o quanto quisesse. Se fosse leal, ele sempre iria te apoiar. O poder de fazer as coisas acontecerem era multiplicado pelas centenas de pessoas que o Delfim tinha em tudo quanto é lugar. O poder de ação que a gente tinha, o poder de informação, era infernal.”

O próprio Delfim deu explicação semelhante à do ex-aluno. “Tudo isso é uma questão de lealdade”, disse, sem hesitar, sobre o exercício do poder. “Você tem que ter gente que soma com você, com o projeto, e que é leal”, explicou. E se alguém falha em ser leal, o que acontece? “Aí é escolha”, respondeu Delfim. “Processo de seleção. Se não é leal, é descartado. As pessoas vão percebendo que vale a pena ser leal.”

Luis Paulo Rosenberg, negociador pelo governo brasileiro da dívida externa nos anos 80, fez questão de dar exemplos de como valia a pena ser leal ao chefe. Ele é hoje um consultor econômico bem-sucedido, além de vice-presidente do Corinthians. Tem a pele bronzeada e uma aparência mais jovem do que os declarados 70 anos de idade. Calvo, com os olhos grandes fixos no interlocutor e o nariz adunco, parece uma águia – ou um gavião. Também ex-aluno de Delfim, trata carinhosamente o amigo e ex-ministro pelo apelido de “Gordo”. Filho de um antigo dirigente do Partido Comunista, comentou que a morte de Delfim significaria “uma segunda orfandade” em sua vida.

Na Secretaria de Planejamento, onde eram tomadas as decisões mais importantes da área econômica no governo Figueiredo, havia “dez ou doze” colaboradores próximos de Delfim, contou Rosenberg. “Erámos os homens do Gordo, aqueles que sabiam que, se cometessem qualquer deslize em relação à omertà” – o código de silêncio da máfia – “ou à fidelidade a ele, apareceriam com concreto no pé no fundo do lago Paranoá”, brincou.

“Tínhamos dedicação cega. Éramos obrigados a almoçar com ele todo dia. Servia para circular informação. ‘Com que você está mexendo? E você?’, ele perguntava. Resultado: eu sabia tudo que estava na cabeça do Delfim, como os outros também sabiam. A gente tinha uma agilidade, uma capacidade de domar a máquina que ninguém em Brasília teve. Isso dependia de coordenação, de informação.”

Logo que começou a trabalhar com Delfim, contou o consultor, ele se surpreendeu com sua generosidade. Ainda não tinha, então, intimidade com o chefe. Certo dia, ao sair de uma reunião em São Paulo, o ministro o puxou de lado. “A Mônica passou para o 4º ano, não é?”, perguntou Delfim. “Eu gelei”, lembrou Rosenberg. “Mônica é minha filha. Ela estava fazendo direito na São Francisco. Nunca tinha falado disso com ele. Respondi: ‘Passou.’ ‘Então está na hora do estágio’, ele disse. E me deu um cartão. ‘Esse aqui é o dono do maior escritório de São Paulo. Ele está esperando a Mônica.’” Rosenberg fez uma pausa. Pareceu refletir. Então disse: “O que você faz com um cara desses? Se ele te disser ‘Agora vai lá e mata o presidente da República’, você mata. É enlouquecedor.”

Terminada a ditadura, Rosenberg, por influência de Delfim, ainda serviu por alguns meses como assessor econômico do presidente José Sarney. Em 1986, deixou Brasília, disposto a montar sua consultoria. A princípio, atendia no térreo da casa onde ainda hoje Delfim e Yokota trabalham. Uma construção em estilo normando, no bairro do Pacaembu, com tijolinhos à mostra, telhado em ângulo inclinado e um amplo jardim, com enormes flamboyants.

Rosenberg e seus sócios trabalharam ali por algum tempo, depois alugaram uma sala no Centro. Delfim não gostou. Qual um pater familias, queria ter por perto o antigo aluno e funcionário. Quando, um pouco mais tarde, o consultor anunciou que buscavam um espaço maior, Delfim lhe pediu que ao menos o deixasse procurar um local próximo à casa do Pacaembu.

“Naquela mesma tarde, me ligaram”, lembrou Rosenberg. O interlocutor, cujo nome ele não revela, telefonava a pedido de Delfim. Muito educado, parecia “um lorde”. “O sujeito disse: ‘Soube que o senhor está interessado num imóvel no Pacaembu. Justamente, eu tenho um. Gostaria de ver? Estou aqui agora.’ Disse assim, e me deu o endereço. Chego lá, era um puta de um imóvel. Mil metros quadrados, palmeiras centenárias. E com uma viela dando direto na casa do Gordo. Eu pensei: Puta que o pariu, o que é que eu vou fazer agora?” Rosenberg perguntou o preço. Um milhão de dólares. “Expliquei ao proprietário que o valor me parecia muito justo, que eu fazia votos de que vendesse e fosse muito feliz, mas que estava acima das minhas possibilidades.” O interlocutor insistiu: “O senhor me faça uma proposta, em respeito ao ministro.”

Rosenberg não tinha como arrumar mais do que 400 mil dólares. Um de seus sócios sugeriu que ele fizesse essa proposta, tal como lhe fora pedido, mesmo sabendo que ela não seria aceita. E disse mais: para garantir a recusa, que propusesse uma forma de pagamento quase absurda, em dez prestações, sem juros. “Aí o velho manda você tomar no cu, você fez o que tinha de fazer, e está tudo certo”, concluiu o sócio, segundo a narrativa de Rosenberg.

“Lembro que mandei a proposta por fax. Não se passaram nem cinco minutos, e a maquininha cuspiu um novo papel. ‘Aceito’, dizia. Fui falar com o sujeito: ‘O senhor não está entendendo. Eu botei 400 mil dólares na proposta, e a sua casa vale 1 milhão. O senhor está perdendo 600 mil.’” Rosenberg afirma que o dono do imóvel nunca havia tido nem tinha, naquele momento, qualquer interesse direto com o governo. Ainda assim, ouviu do “lorde”: “Se vocês se mudarem para cá, a felicidade do ministro será tanta que isso, para mim, vale esses 600 mil dólares.”

O negócio foi fechado.

 

O Antonio original, avô paterno de Delfim, chegou ao Brasil com não mais do que 18 anos, vindo da Itália, na década de 1880. À época, a lavoura cafeeira em São Paulo substituía a mão de obra escrava por imigrantes pobres que, em troca do custo da travessia atlântica, se comprometiam a trabalhar nas fazendas por um determinado período. Delfim não tem certeza, mas é possível que seu avô também tenha vindo por meio desse regime de contrato. Quando aportou, os portugueses que controlavam o registro dos recém-chegados trocaram seu nome. A família era Delfini, de uma cidadezinha no sul da bota. Retiraram a vogal final e aplicaram um pedante “ph” ao sobrenome, só corrigido quando o neto, Delfim, já contava 8 anos.

Com ou sem contrato, o Antonio avô nunca foi para a lavoura. Encaminhado à hospedaria de imigrantes, pulou a janela e tratou de ganhar a vida na capital.

Trabalhou como calceteiro, aplicando blocos de pedra nas vias públicas de São Paulo, a serviço da prefeitura. Numa narrativa típica da imigração no Brasil, Delfim se orgulha de contar que, muito mais tarde, esse Antonio da Calábria se tornou dono de uma mina de pedra. No fim da vida, em vez de suar para aplicar blocos ao calçamento, tornou-se um bem-sucedido fornecedor de paralelepípedos para o poder público.

O pai de Delfim também exerceu, ao longo de toda a vida, um trabalho modesto, como escriturário na empresa de bondes. O ex-ministro afirma que, quando nasceu, no dia 1o de maio de 1928, a família já era de classe média. De toda forma, não devia sobrar muito dinheiro. Ele próprio admite que, para “fazer economia de escala”, seus pais continuaram a morar na residência do avô, no bairro do Cambuci, onde ele foi criado. Sua mãe, Maria, trabalhava como costureira para melhorar o orçamento.

Delfim fala pouco do pai. Parece admirar e se refere com carinho ao avô, contudo. A casa em que moravam foi a primeira da rua a ter telefone e geladeira. Havia ainda um rádio Cacique de ondas curtas. Quando veio a guerra, Antonio mandou instalar uma antena de 30 metros, para receber notícias da Itália. Botou um grande mapa na frente do aparelho, e acompanhava, pelos relatos radiofônicos, as impressionantes conquistas das tropas de Mussolini. Até que veio a desilusão. “Ele se deu conta de que aqueles movimentos de tropas não podiam ser verdade. Era tudo mentira.”

Aos 14 anos, Delfim se empregou como office-boy na Gessy, famosa pelos produtos de higiene pessoal. “Levava papéis de uma mesa para outra. Depois aprendi datilografia, sozinho, e respondia a cartas de clientes”, ele disse. Sua formação intelectual começou nessa época, por influência de um funcionário da empresa. “Conheci lá um médico, um sujeito muito culto, que tinha um socialismo ameno. Ele me indicava livros. Os primeiros foram daquela coleção O Espírito Moderno. Eram traduções de socialistas fabianos, do H. G. Wells, por exemplo.” Reformistas ingleses, partidários, no início do século XX, da criação do salário mínimo e de um sistema de saúde universal e gratuito, os fabianos defendiam uma passagem gradual, e não revolucionária, ao socialismo.

Em homenagem a sua primeira grande admiração intelectual, Delfim deu à única filha o nome de Fabiana. Ela é mãe de Rafael, que nasceu quando o ex-ministro já tinha mais de 80 anos. Além das charges que o retratam no auge do poder, apenas as fotos do netinho enfeitam seu gabinete.

 

No final da adolescência, Delfim trabalhava de dia e fazia curso técnico de contabilidade à noite. Para poder estudar e entrar para a faculdade, abandonou a Gessy e prestou concurso público. Foi trabalhar no Departamento de Estradas e Rodagem, que lhe exigia não mais do que seis horas diárias. Acumulou parte do conhecimento necessário para ingressar na universidade por conta própria, garimpando obras em sebos e livrarias. Até hoje o ex-ministro fala mal o inglês, mas consegue ler na língua de Adam Smith. Consome também, com facilidade, obras em francês, espanhol e italiano. O alemão, ele diz, serve “se o livro for de matemática”.

Mesmo durante o curso de economia, foi em grande medida um autodidata. A faculdade era uma espécie de prima pobre das ciências sociais e do direito, de onde veio, no início, parte de seus professores. Foi o próprio Delfim que, anos mais tarde, ajudou a dar feição moderna à pesquisa e aos cursos de sua disciplina na universidade paulista, nos moldes da que já vigorava na Universidade do Brasil e na Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro.

O economista Eduardo Giannetti da Fonseca, formado pela USP, convive com Delfim desde o final dos anos 80, quando passou a consultar a biblioteca pessoal do ex-ministro. Fala do antigo czar da economia brasileira com admiração e afeto. Numa conversa em seu apartamento, em São Paulo, disse acreditar que a origem social de Delfim ajuda a compreender sua disposição, ao longo da vida, para perseguir mais e mais poder.

“Raras vezes vi alguém com essas duas características que o Delfim tem: a curiosidade intelectual e a ambição pelo poder. Ele tem um drive que é quase assustador. E tem essa característica sociológica interessante: ele não é da elite. Isso dá a ele uma garra que falta aos príncipes, aos aristocratas. É um perfil diferente. Ele teve que furar barreiras.” Em seu escritório, perguntei a Delfim o que explicava sua paixão pelo poder. O ex-ministro desconversou. “Minha paixão é pela comida”, respondeu, de bate-pronto. Depois riu, satisfeito.

 

Leia aqui a íntegra da reportagem, disponível para assinantes da piauí.

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