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Depois de cair 68% após decisão do STF, mortes pela polícia no Rio voltam ao patamar pré-pandemia

Hellen Guimarães e Renata Buono | 10 fev 2021_09h00
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O estado do Rio teve seu início de ano de maior letalidade policial desde que começou a contabilizar essas ocorrências, em 2003. De janeiro a maio de 2020, a polícia do estado matou 744 pessoas, uma média de 149 por mês. No início de junho, porém, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em caráter liminar, restringir as operações policiais por conta da pandemia. De junho a setembro, o número total de mortos por policiais no estado do Rio despencou para 191, uma média de 48 por mês. A queda em relação à proporção dos meses anteriores é de 68%.

Em outubro, porém, segundo o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni/UFF), as reorientações políticas no comando da segurança do estado fizeram o número de operações na Região Metropolitana dobrar em relação ao mês anterior (de 19 para 38 ações policiais), mesmo com a decisão do STF ainda vigente.

O número total de mortos policiais no estado verificado pelo ISP, em operações ou não, seguiu a tendência e triplicou: foi de 54 em setembro a 145 em outubro, um patamar mais alto até que maio, antes da liminar (130 mortes). A média de mortos por policiais nos últimos meses do ano também dobrou em relação à proporção dos meses anteriores: de outubro a dezembro, foram 101 mortes por mês.

Fontes: Instituto de Segurança Pública (ISP) e Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni/UFF)

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