Em 2016, a Organização Panamericana de Saúde concedeu ao Brasil a certificação de país livre do sarampo – nenhum caso foi registrado em 2016 e 2017. Em 2018, porém, a doença ressurgiu, e o Ministério da Saúde tem notificado inúmeros casos, especialmente na região Norte, associados, em parte, ao surto que atinge a Venezuela. Com isso, o Brasil perdeu o certificado de erradicação da doença. A sífilis, doença sexualmente transmissível, também cresceu em números alarmantes entre as grávidas a partir de 2008. No município do Rio de Janeiro, na contramão do país, os casos de chicungunha subiram e superam todos os registros da cidade no ano passado. A seção =igualdades desta semana traz comparações sobre algumas das doenças reemergentes no Brasil.
Depois de dois anos sem nenhum caso de sarampo, o Brasil teve 10,3 mil casos confirmados da doença em 2018.
O número de casos de sarampo no Brasil em 2018 é 28 vezes maior que o registrado no mesmo ano nos Estados Unidos (372), onde a doença também vem crescendo.
O estado do Amazonas concentrou, em 2018, 95% dos casos de sarampo, com 9.803 notificações. Já São Paulo, estado mais populoso do país, teve 3 registros no mesmo período. Ou seja, para cada caso confirmado em São Paulo, há 3.268 no Amazonas.
O número de casos de sífilis em grávidas dobrou de 28.699 em 2014 para 59.022 em 2018.
A sífilis em gestantes ocorre em todas as regiões do país. A região Norte concentra a maior taxa de incidência, com 31 casos por 100 mil habitantes. A menor está no Nordeste, com 25 casos.
A chance de uma gestante contrair sífilis é 3 vezes maior aos 30 anos do que aos 17 anos.
O número de casos de chicungunha caiu este ano no Brasil em comparação com 2018. Na cidade do Rio, porém, a doença cresce: somente nos primeiros cinco meses de 2019, foram 14 mil casos de chicungunha – mais que os 11 mil registrados em todo o ano de 2018.
Fontes: Ministério da Saúde; Centers for Disease Control and Prevention; Prefeitura do Rio de Janeiro.
Repórter e editora-assistente de redes sociais da piauí
É designer e diretora do estúdio BuonoDisegno