Área desmatada na Amazônia - FOTO DE LALO DE ALMEIDA/FOLHAPRESS
Destino da Amazônia será decidido nas urnas
Escolha dos brasileiros no domingo vai ser determinante para o clima e os povos indígenas
Embora a política ambiental tenha sido pouco lembrada nos debates e na campanha presidencial, o resultado do segundo turno vai ser determinante para o futuro do clima. Reportagens da piauí mostraram que, em quatro anos de mandato, o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, desmontou a governança ambiental do país, sob o comando de Ricardo Salles, e declarou guerra aos povos indígenas. O resultado de sua gestão foi um aumento de 73% na taxa de desmatamento da Amazônia, que chegou ao maior nível dos últimos quinze anos. Se o ritmo da derrubada continuar, a floresta pode atingir em breve o ponto de não retorno a partir do qual não mais conseguirá se regenerar, com consequências catastróficas para a agricultura. Do outro lado está Luiz Inácio Lula da Silva, que lançou em seu governo o plano de combate ao desmatamento que reduziu a taxa em 83% entre 2004 e 2012.
“Essa eleição vai definir o nosso destino democrático e também ecológico”, disse Natalie Unterstell, especialista em políticas públicas ambientais do Instituto Talanoa. Com o repórter Bernardo Esteves, Unterstell participou da segunda temporada do podcast A Terra é redonda (mesmo), que foi publicada pouco antes da eleição e discutiu os desafios ambientais do Brasil – e os caminhos possíveis para superá-los com políticas públicas.
Outra leitura fundamental para se entender o que está em jogo nas eleições é Arrabalde, uma série de seis reportagens publicadas entre 2020 e 2021, nas quais João Moreira Salles busca entender como a Amazônia é percebida por aqueles que se relacionaram com ela ao longo da história.
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