Energia necessária para transporte em avião a jato é 10 vezes a usada em trens

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Meios de transporte públicos – que transportam muitos passageiros ao mesmo tempo – conseguem uma relação mais vantajosa entre a energia necessária para o deslocamento e quantidade de pessoas a bordo. Não é preciso pagar muito caro para ter uma boa eficiência energética. Trens interurbanos de alta velocidade, usados para viagens de longa distância (trajetos de 150 a 600 quilômetros), por exemplo, estão entre os veículos mais eficientes para transporte de pessoas.

Os modelos mais recentes – como os usados na França e na Alemanha, por exemplo – necessitam de apenas 0,2 megajoule por passageiro-quilômetro. Aviões a jato gastam dez vezes essa quantidade de energia para transportar cada passageiro. Os metrôs mais eficientes usam cerca de 0,1 megajoule por passageiro a cada quilômetro percorrido – o equivalente à energia utilizada por um ciclista.

Em termos de energia, os carros estão longe de ser a opção mais inteligente. No ano passado, o automóvel mais vendido no Brasil foi o Fiat Strada. Com uma pessoa a bordo dessa picape, são necessários 2 megajoules por quilômetro para dirigir na cidade. Mesmo assim, o modelo rodoviário é dominante no Brasil – tanto para carga, quanto para locomoção de pessoas. Segundo o Anuário Estatístico de Transporte de 2020, do Ministério da Infraestrutura, é responsável por 95% de toda a energia consumida no setor.

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