Bolsonaro também assinou um decreto que cria o consulado do Brasil em Rio das Pedras, a ser comandado pelo Embaixador Fabrício Queiroz

18jul2019 | 16h41 | Anúncios

Após caso Coaf, Bolsonaro anuncia Flavio como embaixador da Ilha Jersey

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BAIRRO DAS LARANJEIRAS – Mesmo após enfrentar críticas da oposição, da situação, do centrão, da quarta dimensão e do apresentador Faustão, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que deve indicar mais um de seus filhos para uma embaixada. O War diplomático do presidente recai agora sobre os ombros do primogênito, Flávio Bolsonaro, cotado para comandar a representação brasileira na Ilha Jersey, destino querido por políticos e empresários que buscam planilhas paradisíacas para suas finanças.

Ao ser questionado sobre os motivos da indicação, Bolsonaro respondeu: “Ele já fez intercâmbio na sede do Coaf, já plantou e colheu muita laranja, e fala bem a língua da sonegação. Se vai pra lá é porque mereceu, tá ok?.” Em seguida criticou todos os embaixadores, políticos e brasileiros (“Fora o Médici”) que nasceram antes dele. “O Maluf passou a vida inteira sendo acusado de ter conta nessa ilha ai, e mesmo assim o PT nunca teve coragem de nomear ele pra embaixada. Mas agora a mamata acabou. No meu governo, nepotismo e meritocracia vão andar de mãos dadas. Se é filho meu, e se tem relação com algum país, vai ter que ser patriota e assumir o comando de uma embaixada.”
Além de Eduardo e Flávio, o presidente pretende nomear Carlos para a embaixada do Japão (“O moleque gosta de Nintendo”), Jair Renan para a embaixada do Suécia (“O moleque gosta de loura”), e o sobrinho Leo Índio para a embaixada da Índia (“O moleque tem índio no nome, tá ok?”). As nomeações têm respaldo do chanceler Ernesto Araújo, que pretende adotar o sobrenome Bolsonaro, de forma a ter algum prestígio no Itamaraty.