Ao se deixar ser afastado do cargo, Witzel cumpriu a promessa de tolerância zero com o crime organizado

28ago2020 | 18h09 | Rio de Janeiro

Próximo governador do Rio já virá com tornozeleira eletrônica de fábrica

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DIA DA MARMOTA – O Ministério Público Federal do Estado do Rio de Janeiro tomou uma decisão polêmica, após o afastamento do governador Wilson Witzel do cargo. A partir das próximas eleições, todo político eleito para o Palácio Guanabara terá que usar uma tornozeleira eletrônica a partir do primeiro dia de mandato. 

“Quando eleito, o governador Wilson Witzel vestiu uma faixa para mostrar que estava a frente do cargo mais importante do estado”, disse um procurador. “Agora, em vez da faixa, teremos a cerimônia da colocação da tornozeleira. É como um chip de cachorro, que o MPF vai usar para saber se o governador esteve na casa de um Mário Peixoto, de um Fabrício Queiroz ou mesmo no QG de alguma milícia. Vai economizar muito tempo na investigação.”

Em paralelo, há um movimento, no Superior Tribunal Eleitoral, para fazer com que a partir de 2022 o povo fluminense vote nos candidatos a vice – e não nos que concorrem a governador. “É uma questão de lógica, já que os últimos cinco governadores do Rio foram presos ou afastados do cargo”, explicou o ministro Luís Roberto Barroso, que preside o TSE. “Com a escolha do vice, a população terá uma sensação real de participação democrática, já que o tempo de vida útil de um governador do Rio tende a ser muito curto.” A ideia tem apoio do Instituto Temer.

Nos Estados Unidos, o empresário Elon Musk garantiu que os humanos devem pisar em Marte antes que um governador fluminense conclua um mandato na íntegra.