O ministro Luiz Fux chegou a comentar na live de Bolsonaro: "ninguém aqui tem sangue de barata!". Em seguida, três minutos depois, apagou o comentário. Foto: Fellipe Sampaio SCO/STF
STF diz chega e dá apenas mais 8425 chances para Bolsonaro ameaçar a democracia
TOLERÂNCIA MIL – “Chega, vou intervir!”, disse o ministro Luiz Fux após a última ameaça do presidente Jair Bolsonaro ao Estado de Direito e ao bom senso em live transmitida na última quinta-feira. “Primeiro pensei em suspender apenas a sobremesa, mas não posso ouvir as acusações do presidente e seguir calado, por isso tomo essa atitude drástica. É pela democracia!”, completou Fux após agressivamente cancelar um almoço com Bolsonaro e chefes dos poderes.
Luiz Roberto Barroso, presidente do TSE e atual vítima predileta do bullying de Bolsonaro, também saiu ao ataque: “Primeiro eu dei unfollow no Facebook. Depois eu não dei like em uma foto que ele publicou na frente de um quartel com uma faixa contra o STF. Hoje, em nome das instituições, eu mandei um emoji triste no grupo de Whatsapp dos três poderes. Recado dado.”
Enquanto isso, uma assistência técnica foi acionada para fazer um diagnóstico sobre o funcionamento das instituições. “A gente sempre lê por aí que as instituições estão funcionando normalmente, né? Mas aí vêm as lives do presidente e passa a duvidar”, afirmou um técnico que não quis se identificar. “O problema é que a garantia das instituições já venceu faz um tempo. Vai sair caro.”
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MAMADEIRA DE TOGA - "A que ponto chegamos? Um pai não pode nem levar seu pequerrucho ao trabalho sem que ele seja exposto a conteúdos obscenos como urnas eletrônicas, transparência e DEMOcracia??", esbravejou a ex-ministra Damares Alves no Twitter. A indignação veio após a divulgação de imagens do adolescente Carlos Bolsonaro, de 39 anos, completamente atônito em cerimônia no TSE.
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