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    Gal Costa e Wilma Petrillo, em 1998: “Na minha cabeça, elas sempre foram como dois olhos. Estavam uma do lado da outra, mas não se enxergavam”, diz Halu Gamashi, a médium da cantora CRÉDITO: EDSON RUIZ_FOLHAPRESS_1998

anais da microfonia

A viúva de Gal Costa

As astúcias da misteriosa Wilma Petrillo – e o impacto na carreira da cantora

Thallys Braga | Edição 202, Julho 2023

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Gal Costa, vestindo um conjunto de cetim preto e com os cabelos armados ao vento, andava de um lado para o outro na coxia escura. Lá fora, milhares de pessoas se espremiam numa praça de Vitória da Conquista, na Bahia, esperando para ouvi-la. Estava tudo pronto para o show começar – o violão afinado, a mesa de som regulada –, mas Gal se recusava a ligar o microfone. Tinha medo de subir no palco e ser algemada pela polícia na frente de todos. Mais cedo, naquele domingo de dezembro de 2012, uma viatura policial havia estacionado na porta da pousada onde a artista se hospedava e intimado a sua companheira e empresária, Wilma Petrillo, a prestar depoimento na delegacia, sob a acusação de ameaçar e perseguir o médico Bruno Prado, então com 31 anos.

Vindo de uma família de médicos respeitada na sociedade baiana, Prado ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia quando fez 18 anos. Era apaixonado por Caetano Veloso, João Gilberto e Gal Costa. Em 2003, ele soube que a cantora faria um show no Teatro Castro Alves em Salvador e decidiu ligar para perguntar se podia levar lírios ao camarim. Quem atendeu a ligação foi Wilma Petrillo. Ela o autorizou a levar as flores e ficou encantada ao saber que Prado estudava medicina.

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