O Velho Rio de Janeiro, de Denilson Baniwa, nanquim sobre papel a partir de livro homônimo de 1853: “Tem muito artista indígena, mas tem pouco escritor, pesquisador, crítico de artes indígenas. Os textos sobre nossos trabalhos ainda estão sendo feitos por brancos”, diz ele DIVULGAÇÃO
A ascensão da arte indígena
Artistas indígenas protagonizam um momento inédito na cultura brasileira
Tatiane de Assis | Edição 199, Abril 2023
Com uma máscara de onça e um manto estampado com as formas e cores do felino, o artista visual Denilson Baniwa percorreu os corredores da 33ª Bienal de São Paulo, em 2018, até se aproximar de um núcleo com fotos dos indígenas selk’nam, da Patagônia, entre outras obras. Eram imagens feitas no início do século XX pelo padre e etnólogo austríaco Martin Gusinde, e não havia na exposição nenhuma referência ao genocídio sofrido pelos selk’nam. Em repúdio à omissão, Denilson se postou perto das fotos, pegou um exemplar do livro Breve História da Arte, da britânica Susie Hodge, e começou a desfolhá-lo. Enquanto fazia isso, declamou uma espécie de manifesto:
Breve história da arte.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
ASSINELeia Mais