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    Albuquerque, limpo há oito meses, na sua produtora, em São Paulo: “Eu só fazia sexo, ficava o tempo todo no aplicativo para chamar mais gente para vir em casa, pois nunca é suficiente” CRÉDITO: EGBERTO NOGUEIRA_ÍMÃ FOTOGALERIA_2023

anais da sexualidade

Sexo com metanfetamina

Como os aplicativos de encontros estão facilitando o chemsex – as maratonas sexuais à base da droga sintética

João Batista Jr. | Edição 199, Abril 2023

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Na primeira semana de dezembro, o maranhense E.R.P., de 38 anos, pegou o celular para começar o que havia se transformado em rotina diária: a caça virtual. Entrou no Grindr, um aplicativo voltado para o público gay masculino, que localiza e informa onde estão os cinquenta usuários mais próximos das redondezas. Além de fotos, boa parte dos conectados no Grindr escolhe apelidos que servem como isca virtual para atrair e filtrar pretendentes. Entre os mais comuns, estão Ativo, Passivo, Versátil, Pra Já, Casal, Curioso, Dotado. Na sua conta no Grindr, E.R.P. optou por apresentar-se com seu primeiro nome. E usou dois emojis – um anel de diamante e um foguete.

Os entendidos do Grindr conhecem o significado dos emojis. Eles indicam que o usuário é adepto do chamado chemsex abreviação de chemical sex, ou sexo químico, em inglês. O chemsex denomina a prática de relações sexuais sob efeito de metanfetamina, uma substância sintética que aumenta a excitação sexual, também conhecida como Crystal ou Tina. O emoji de um anel de diamante significa que o usuário gosta de fumar a metanfetamina em cachimbos transparentes, os pipes. O emoji de um foguete indica que o usuário prefere usar a droga na forma injetável. E.R.P., ao usar os dois emojis, estava informando que topava fumar ou injetar o estimulante.

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