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    Entre Pacaraima (Brasil) e Santa Helena (Venezuela): “O que Maduro está tentando fazer? Humilhar o Brasil? Dizer que Pedro Sánchez, o primeiro-ministro espanhol, tem mais peso que Lula?” CRÉDITO: NILTON FUKUDA_ESTADÃO CONTEÚDO_2018

questões latino-americanas

A virada

Como o governo Lula mudou de rota na sua relação com Nicolás Maduro

Consuelo Dieguez | Edição 220, Janeiro 2025

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Quando Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, desembarcou em Kazan, na Rússia, no final de outubro do ano passado, levava uma mensagem do presidente Lula aos líderes que se reuniriam na cidade para a cúpula do Brics. O Brasil não aceitaria a entrada da Venezuela como parceiro do bloco. Além dos cinco países que formaram o bloco – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, o Brics incluiu em suas fileiras, desde o começo de 2024, o Egito, o Irã, os Emirados Árabes e a Etiópia. Como a lista de interessados em participar do grupo chega a 34, definiu-se que a entrada se dará aos poucos, com os candidatos sendo aceitos inicialmente como “parceiros”, não como integrantes. Podem assistir a reuniões, mas não interferir nas decisões.

Para muitos países, estar no Brics, ainda que na condição de olheiro, significa se aliar a um bloco econômico que começa a fazer frente aos países do G7 – formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão –, até pouco tempo os únicos donos das regras econômicas mundiais. Por isso, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não via a hora de ser aceito no Brics. Seria uma forma de chancelar, aos olhos do mundo, sua reeleição, ocorrida em 28 de julho passado, num pleito amplamente questionado pela comunidade internacional, inclusive pelo Brasil.

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