Marta Pipponzi: “Catorze anos depois do sequestro, ainda não durmo no escuro e tomo remédio para ansiedade. Minha relação com a finitude mudou e vivo em constante estado de alerta” CRÉDITO: EGBERTO NOGUEIRA_ÍMÃ FOTOGALERIA_2023
A história do meu sequestro
Herdeira da rede de farmácias Droga Raia conta pela primeira vez como passou 41 dias em cativeiro em São Paulo
Marta Pipponzi | Edição 203, Agosto 2023
“Surpresaaaaaa!!!” Tentei distinguir as vozes no bufê infantil, enquanto uma multidão de sorrisos se aproximava: eu acabara de cair na armadilha da festa surpresa.
Minha irmã e meu irmão tinham pedido que eu fosse com eles a um evento no bairro de Moema, em São Paulo. Na verdade, o convite era uma isca para me levar até a festa surpresa de minha despedida da empresa. No bufê, passei o restante daquela quinta-feira, dia 19 de março de 2009, circulando entre amigos, funcionários, colegas de trabalho e parentes, relembrando as histórias que tínhamos vivido nos últimos seis anos.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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